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string(61) "Coronavírus: centenas de milhões de pessoas em confinamento"
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De Roma a Nova York, centenas de milhões de pessoas no mundo estão confinadas em suas casas neste final de semana, na esperança de parar a pandemia de coronavírus, que já fez mais de 11.000 mortos e mergulha a economia mundial na incerteza.
A Itália, país mais afetado da Europa com mais de 4.000 mortes, e primeiro no Velho Continente a ter ordenado o confinamento da população,
se prepara para reforçar suas medidas diante da catástrofe sanitária. Todos os parques, espaços verdes e jardins públicos serão fechados ao público neste final de semana, no aguardo de outras restrições, para incitar os italianos a ficar em casa o máximo possível.
O coronavírus matou 627 pessoas em 24 horas no país, anunciaram na sextafeira as autoridades, um pico desde o início da crise. Nos Estados Unidos, onde o confinamento total do território nacional foi descartado pelo presidente Donald Trump, após a Califórnia, o estado de Nova York, Nova Jersey e Illinois, a Pensilvânia e Nevada decretaram a paralisação de todas as atividades não essenciais.
As três maiores cidades do país, Nova York, Los Angeles e Chicago estão paradas e seus 100 milhões de habitantes em casa. “Estamos todos em quarentena”, resumiu na sexta-feira Andrew Cuomo, o governador do estado de Nova York, ao anunciar a “medida mais radical que poderíamos tomar”.
Este enclausuramento em escala planetária tem consequências na vida cotidiana de mais de meio bilhão de pessoas.
"Pessoas em lágrimas"
Após a descoberta de 25 casos na Austrália ligados a um casamento em Sydney, as autoridades adotaram medidas que atingem em cheio essa indústria, e obriga casais a anular as festas.
“Vocês estão anulando eventos com os quais os envolvidos literalmente sonhavam, no qual não paravam de pensar há dias, meses”, ressaltou Lara Beesley, uma organizadora de casamentos em Sydney. “Estou recebendo ligações de pessoas em lágrimas”.
Para defender a pertinência dessas medidas de confinamento, aplicadas com mais ou menos rigor de acordo com as populações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ressaltou que Wuhan, epicentro da epidemia do coronavírus na China não registrou caso de infecção local desde quinta-feira, constituindo uma “esperança” para o mundo.
O chefe da agência, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou, porém, os jovens, muitas vezes despreocupados com o risco viral: “vocês não são invencíveis”.
O presidente americano Donald Trump, que por muito tempo minimizou a pandemia, descartou na sexta uma paralisação geral do país.
A economia americana começa a sentir os efeitos do avanço do coronavírus por todo o planeta. O emprego de funcionários por gigantes do varejo, como Walmart e Amazon, frente à corrida de consumidores aos mercados e internet, não vai compensar o corte de empregos.
Na Europa, a União Europeia anunciou na sexta-feira uma suspensão das regras de disciplina orçamentária. Inédita, a medida permitirá aos Estados membros gastar o que for necessário para combater o impacto econômico.
- Ameaça sobre o emprego -
Até 25 milhões de empregos estão ameaçados na ausência de resposta coordenada em escala internacional, advertiu a Organização Internacional do Trabalho. Diante desta situação, uma extrema prudência reina nos mercados financeiros. Ao final da pior semana desde a crise de 2008, as bolsas fecharam na sextafeira hesitantes, Wall Street no vermelho e as praças europeias em alta.
Alguns especialistas temem que a crise econômica resultante da pandemia seja pior que a dos “subprime” de 2008, sobretudo se o confinamento durar. Outros países adotaram esta semana medidas drásticas.
O confinamento será geral a partir de domingo na Tunísia, na terçafeira na Colômbia.
Sem ir tão longe, o Reino Unido reforçou drasticamente na sextafeira sua resposta à pandemia, ordenando o fechamento dos pubs, restaurantes, cinemas e quadras esportivas. A suíça interditou toda reunião com mais de cinco pessoas, mas descartou o confinamento, considerando se tratar de “uma medida de espetáculo”.
Essa medida drástica, inédita na história Humana, se passa mais ou menos bem de acordo com o país.
Trancados em casa há 15 dias, alguns italianos começam a se agitar. Mais de 53.000 fizeram solicitações para saídas injustificadas.
Em Banjul, na Gâmbia, as autoridades procuram 14 pessoas que escaparam do hotel onde estavam em quarentena. As precauções são difíceis de aplicar em locais vulneráveis, como nas imensas periferias asiáticas ou nas prisões superlotadas em todo o mundo.
Três bilhões de pessoas no mundo não teriam, nem mesmo, as armas básicas para combater o vírus: água e sabão, segundo os especialistas da ONU, que temem a perda de milhões de vidas.
Vários países também optaram por fechar suas fronteiras para tentar se isolar da pandemia. A Bélgica interditou na sexta toda entrada para descolamento “não essencial”.
Cuba também decidiu não receber os turistas, renunciando a uma importante fonte de renda.
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De Roma a Nova York, centenas de milhões de pessoas no mundo estão confinadas em suas casas neste final de semana, na esperança de parar a pandemia de coronavírus, que já fez mais de 11.000 mortos e mergulha a economia mundial na incerteza.
A Itália, país mais afetado da Europa com mais de 4.000 mortes, e primeiro no Velho Continente a ter ordenado o confinamento da população,
se prepara para reforçar suas medidas diante da catástrofe sanitária. Todos os parques, espaços verdes e jardins públicos serão fechados ao público neste final de semana, no aguardo de outras restrições, para incitar os italianos a ficar em casa o máximo possível.
O coronavírus matou 627 pessoas em 24 horas no país, anunciaram na sextafeira as autoridades, um pico desde o início da crise. Nos Estados Unidos, onde o confinamento total do território nacional foi descartado pelo presidente Donald Trump, após a Califórnia, o estado de Nova York, Nova Jersey e Illinois, a Pensilvânia e Nevada decretaram a paralisação de todas as atividades não essenciais.
As três maiores cidades do país, Nova York, Los Angeles e Chicago estão paradas e seus 100 milhões de habitantes em casa. “Estamos todos em quarentena”, resumiu na sexta-feira Andrew Cuomo, o governador do estado de Nova York, ao anunciar a “medida mais radical que poderíamos tomar”.
Este enclausuramento em escala planetária tem consequências na vida cotidiana de mais de meio bilhão de pessoas.
"Pessoas em lágrimas"
Após a descoberta de 25 casos na Austrália ligados a um casamento em Sydney, as autoridades adotaram medidas que atingem em cheio essa indústria, e obriga casais a anular as festas.
“Vocês estão anulando eventos com os quais os envolvidos literalmente sonhavam, no qual não paravam de pensar há dias, meses”, ressaltou Lara Beesley, uma organizadora de casamentos em Sydney. “Estou recebendo ligações de pessoas em lágrimas”.
Para defender a pertinência dessas medidas de confinamento, aplicadas com mais ou menos rigor de acordo com as populações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ressaltou que Wuhan, epicentro da epidemia do coronavírus na China não registrou caso de infecção local desde quinta-feira, constituindo uma “esperança” para o mundo.
O chefe da agência, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou, porém, os jovens, muitas vezes despreocupados com o risco viral: “vocês não são invencíveis”.
O presidente americano Donald Trump, que por muito tempo minimizou a pandemia, descartou na sexta uma paralisação geral do país.
A economia americana começa a sentir os efeitos do avanço do coronavírus por todo o planeta. O emprego de funcionários por gigantes do varejo, como Walmart e Amazon, frente à corrida de consumidores aos mercados e internet, não vai compensar o corte de empregos.
Na Europa, a União Europeia anunciou na sexta-feira uma suspensão das regras de disciplina orçamentária. Inédita, a medida permitirá aos Estados membros gastar o que for necessário para combater o impacto econômico.
- Ameaça sobre o emprego -
Até 25 milhões de empregos estão ameaçados na ausência de resposta coordenada em escala internacional, advertiu a Organização Internacional do Trabalho. Diante desta situação, uma extrema prudência reina nos mercados financeiros. Ao final da pior semana desde a crise de 2008, as bolsas fecharam na sextafeira hesitantes, Wall Street no vermelho e as praças europeias em alta.
Alguns especialistas temem que a crise econômica resultante da pandemia seja pior que a dos “subprime” de 2008, sobretudo se o confinamento durar. Outros países adotaram esta semana medidas drásticas.
O confinamento será geral a partir de domingo na Tunísia, na terçafeira na Colômbia.
Sem ir tão longe, o Reino Unido reforçou drasticamente na sextafeira sua resposta à pandemia, ordenando o fechamento dos pubs, restaurantes, cinemas e quadras esportivas. A suíça interditou toda reunião com mais de cinco pessoas, mas descartou o confinamento, considerando se tratar de “uma medida de espetáculo”.
Essa medida drástica, inédita na história Humana, se passa mais ou menos bem de acordo com o país.
Trancados em casa há 15 dias, alguns italianos começam a se agitar. Mais de 53.000 fizeram solicitações para saídas injustificadas.
Em Banjul, na Gâmbia, as autoridades procuram 14 pessoas que escaparam do hotel onde estavam em quarentena. As precauções são difíceis de aplicar em locais vulneráveis, como nas imensas periferias asiáticas ou nas prisões superlotadas em todo o mundo.
Três bilhões de pessoas no mundo não teriam, nem mesmo, as armas básicas para combater o vírus: água e sabão, segundo os especialistas da ONU, que temem a perda de milhões de vidas.
Vários países também optaram por fechar suas fronteiras para tentar se isolar da pandemia. A Bélgica interditou na sexta toda entrada para descolamento “não essencial”.
Cuba também decidiu não receber os turistas, renunciando a uma importante fonte de renda.