Um segundo rascunho de resolução provisório na conferência sobre o clima de Glasgow pede aos países a "supressão progressiva da energia produzida com carvão sem mitigação e dos subsídios ineficazes aos combustíveis fósseis".

As centrais de energia elétrica à base de carvão "sem mitigação" são aquelas que não utilizam tecnologia de captura de carbono para compensar parte dos gases que emitem à atmosfera.

Esta é uma menção sem precedentes em mais de duas décadas de negociações sobre tais combustíveis, incluindo gás e petróleo, amplamente responsáveis pelas emissões de gases do efeito estufa que provocam o aquecimento do planeta.

Porém, esta frase é mais suave que a do primeiro rascunho, que pedia simplesmente aos países para "acelerar o abandono do carvão e o financiamento dos combustíveis fósseis". 

Após duas semanas de negociações, a COP26 deveria terminar oficialmente nesta sexta-feira, mas com as divergências registradas no momento é provável que prossiga pelo fim de semana.

Os delegados de quase 200 países reunidos na cidade escocesa desde 31 de outubro têm como missão determinar o modo de cumprir os compromissos do Acordo de Paris.

O acordo de 2015 estabeleceu um compromisso para limitar o aumento da temperatura global abaixo de +2 ºC até o fim do século na comparação com a era pré-industrial, e de maneira ideal o mais seguro 1,5 ºC, para evitar as devastadoras catástrofes naturais representadas por cada décimo de grau adicional.