A carne de cachorro pode ter seu consumo proibido na Coreia do Sul. Circulam no parlamento do país asiático duas propostas que visam, além da proibição deste prato, a detenção de três a cinco anos e uma multa de R$ 114 mil. Essas penas, de acordo com os projetos propostos pelos partidos do Poder do Povo e Democrático da Coreia, seriam aplicadas aos envolvidos na produção, venda ou consumo da carne de cachorro.
 
Pela legislação atual da Coreia do Sul, é permitido comer carne de cachorro e produzir cães a serem abatidos. Os projetos de proibição desse hábito alimentar são apoiados pela primeira-dama Kim Keon-hee. Ela é esposa do presidente sul-corean, Yoon Suk-yeol, e o casal cria seis cães.

Resposta
 
A possibilidade de a Coreia do Sul proibir a produção e o consumo de carne de cachorro levou às ruas de Seul, na quinta-feira (30/11), os fazendeiros que criam cães para abate e donos de restaurante especializados neste alimento. Cerca de 200 pessoas ligadas ao setor se manifestaram contra os projetos próximo ao prédio presidencial.

A carne da cachorro, se for proibida na Coreia, os produtores ameaçaram soltar dois milhões de cães pelas ruas da capital sul-coreana. O presidente da Associação de Produtores de Carne de Cachorro da Coreia, Joo Young-bong, disse que os cachorros seriam soltos em áreas próximas a prédios públicos e/ou residências de políticos.

Apoio a produtores
 
As propostas de proibição do consumo da carne do cachorro preveem apoio financeiro a comércios que sobrevivam da venda do produto, como restaurantes, fazendas, açougues e revendedores.
 
Consumo proibido até 2027
 
Até o ano de 2027, se um dos projetos contra o consumo de carne de cachorro for aprovado, esse hábito alimentar estará proibido. Em 2021, o ex-presidente Moon Jae-In tentou propor a proibição, mas voltou atrás na decisão após protestos dos produtores do animal.

Na Ásia, além da Coreia do Sul, países como China e índia permitem adotar a carne do cachorro como comida.