SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Desde a morte do papa Francisco, a escolha do novo líder da Igreja Católica tem movimentado não só os bastidores do Vaticano, mas também o mercado internacional de apostas.

Na plataforma americana Polymarket, referência nesse tipo de mercado, o volume apostado disparou: saltou de US$ 2,9 milhões (cerca de R$ 16,6 milhões) para US$ 20,5 milhões (aproximadamente R$ 117,6 milhões) em menos de três semanas.

O Conclave, iniciado nesta quarta-feira (7), elevou ainda mais o interesse global em torno dos favoritos. Na liderança das apostas está o italiano Pietro Parolin, atual Secretário de Estado do Vaticano, que aparece com 31% de chances de ser eleito.

Além de estar entre os papáveis mais fortes, ele também desempenha papel fundamental no processo de escolha, o que reforça ainda mais sua posição como favorito.

Logo atrás de Parolin surge o filipino Luis Antonio Tagle, 67, com 19% de chance. Conhecido por defender reformas na estrutura da Igreja e por seu perfil progressista, Tagle é também grão-chanceler da Pontifícia Universidade Urbaniana, em Roma. Em terceiro lugar nas apostas está o italiano Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha, que soma 10% de chance, seguido de Pierbattista Pizzaballa, com 9%.

Embora no Brasil as apostas em eventos religiosos não sejam permitidas por lei, plataformas internacionais permitem que curiosos e apostadores de todo o mundo participem da movimentação em torno da sucessão papal.

Na Itália, a criatividade dos fãs de bastidores encontrou outro caminho: o "Fantapapa". Inspirado nos tradicionais jogos de futebol fantasia, o jogo propõe que os participantes escolham uma equipe de 11 cardeais papáveis.

Pontos são ganhos quando os escolhidos aparecem com destaque na mídia e bônus são atribuídos se acertarem o novo pontífice e até o nome que ele adotar. "Até o momento, Matteo Zuppi é o favorito entre os jogadores", afirmou Pietro Pace, um dos idealizadores do Fantapapa, em entrevista à Reuters.