O presidente da Comissão de Energia e Comércio do Congresso americano, uma das principais comissões do Legislativo dos EUA, disse nesta quinta-feira (22) que vai pedir formalmente que Mark Zuckerberg deponha em uma audiência.
A casa quer que o CEO do Facebook explique melhor sua política de privacidade após revelações de que a empresa Cambridge Analytica usou dados de 50 milhões de usuários da rede social para influenciar campanhas eleitorais. A consultoria britânica teve como clente, entre outras, a campanha de Donald Trump para presidente dos EUA em 2016.
Segundo uma nota da comissão, “As últimas revelações a respeito do uso e da segurança dos dados dos usuários do Facebook levantam muitas questões sérias sobre proteção ao consumidor”. O comunicado é assinado em conjunto pelo presidente da comissão, o republicano Greg Walden, e pelo líder dos democratas na mesma, Frank Pallone.
“Depois que a equipe da comissão recebeu um resumo, ontem [quarta-feira], de funcionários do Facebook, nós achamos que muitas questões foram dexiadas sem resposta”, diz o texto.
Em uma entrevista à rede americana CNN na noite de quarta (21), Zuckerberg disse que testemunhará no Congresso "se for a coisa certa a se fazer".
O caso é investigado pelos parlamentares dos EUA e no Reino Unido. "A resposta curta é fico satisfeito [em testemunhar] se essa for a coisa certa a se fazer", disse o fundador do Facebook. "O que tentaremos fazer é enviar a pessoa do Facebook com o maior conhecimento. Se sou eu, ficarei satisfeito em ir", disse.
A Cambridge Analtica obteve as informações em 2014 e as usou para construir uma aplicação destinada a prever as decisões dos eleitores e também a influenciá-las, segundo revelaram os jornais "London Observer" e "New York Times".
Nesta quarta, Zuckerberg divulgou um comunicado no qual reconheceu que a empresa errou ao permitir que os dados dos usuários fossem compartilhados e anunciou que a companhia vai aprimorar suas ferramentas de segurança e auditar os aplicativos parceiros.