Reuters - A China espera que a comunidade internacional possa fornecer ajuda “construtiva” à Venezuela com base no respeito à soberania do país, disse o Ministério das Relações Exteriores chinês nesta segunda-feira (25), depois que o governo venezuelano repeliu a tentativa do governo dos Estados Unidos impor pela força a entrega de ajuda humanitária forçada. O esforço estadunidense em parceria com o governo colombiano fracassou.
A China espera que a Venezuela possa permanecer pacífica e calma, disse o Ministério das Relações Exteriores, e reiterou a oposição de Pequim à interferência estrangeira nos assuntos internos da Venezuela ou ao uso da “chamada ‘ajuda humanitária’ para fins políticos”.
“Mais uma vez, pedimos ao governo e à oposição na Venezuela que busquem uma resolução política que respeite a Constituição e a lei, e convocamos a comunidade internacional a fazer mais, algo que realmente beneficie a estabilidade, o desenvolvimento econômico e a melhoria dos meios de subsistência da Venezuela”. disse.
A China “espera que a comunidade internacional possa fornecer ajuda construtiva à Venezuela sob a condição de respeitar a soberania da Venezuela”, acrescentou.
Juan Guaidó, que se autoproclamou "presidente interino", pediu que as potências estrangeiras considerem “todas as opções” inclusive a intervenção militar, para afastar o presidente Nicolás Maduro, declaração que muitos observadores venezuelanos consideram traição nacional.
O governo do presidente Nicolás Maduro continua recebendo o apoio de muitos países, destacadamente as duas potências China e Rússia.
Pequim emprestou mais de 50 bilhões de dólares para a Venezuela por meio de contratos que permutavam empréstimos por petróleo ao longo da última década, garantindo o suprimento de energia para sua economia em rápido crescimento.