ENCONTRO
No encontro da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês), que acontece no Uzbequistão, o Presidente chinês, Xi Jinping, em conversa com o líder da Rússia, Vladimir Putin, disse que seu governo está disponível para trabalhar com Moscou, de modo a obter apoio firme e mútuo em questões relacionadas com os interesses fundamentais de cada país, aprofundando a cooperação no comércio, agricultura entre outros setores. Para o presidente da China, as duas nações ainda precisam desempenhar um papel de liderança e injetar estabilidade e energia positiva num mundo devastado pelo caos. “A China e a Rússia devem assumir a sua responsabilidade como grandes potências, denunciando a estratégia ocidental de tentar criar um “mundo unipolar”, afirmou Jinping a Putin.
Após a reunião com o presidente chinês, Putin também acrescentou críticas às tentativas do Ocidente na criação de um "mundo unipolar" e teceu elogios a posição equilibrada de Pequim sobre a Ucrânia. "As tentativas de criar um mundo unipolar tomaram recentemente uma forma absolutamente desprezível e são totalmente inaceitáveis", comentou Putin. Além disso, o presidente russo reiterou o seu apoio a Pequim em relação à questão de Taiwan, onde as visitas de autoridades norte-americanas nas últimas semanas elevaram ainda mais as tensões entre a China e os EUA.
E apesar de Pequim não apoiar nem criticar abertamente a invasão russa da Ucrânia, o governo chinês já comentou em diversas ocasiões que se opõe às sanções do Ocidente contra a Rússia. Até o momento, a China se absteve de condenar a ofensiva russa no território ucraniano ou de classificá-la como “invasão”, seguindo a mesma linha ideológica do Kremlin, que denomina a guerra como "uma operação militar especial". A Índia também evitou reprovar explicitamente a Rússia pela invasão, aliados de longa data, no entanto ressaltou na SCO a importância da "democracia, diplomacia e diálogo”. Em resposta ao primeiro-ministro indiano Narendra Modi, o presidente Putin assegurou que quer acabar com o conflito na Ucrânia o mais depressa possível. "Conheço a sua posição sobre o conflito na Ucrânia, as suas preocupações. Faremos o possível para acabar com isto o mais depressa possível. Infelizmente, só o lado oposto, a liderança da Ucrânia, anunciou a sua rejeição ao processo de negociação e afirmou que quer alcançar os seus objetivos por meios militares, no campo de batalha", declarou Putin.
Criada desde 2001, a SCO é formada pela China, Rússia, Índia, Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Tajiquistão e Paquistão. Xi Jinping e Vladimir Putin presidem este ano a conferência, na qual assinaram mais de 40 acordos que visam fortalecer a cooperação entre os seus oito membros. Durante o encontro, Jinping pediu aos Estados-membros da SCO que unam forças para resistir à interferência estrangeira e os esforços para instigar revoluções populares nos seus territórios. "É importante não permitir tentativas de forças externas de provocar revoluções coloridas", afirmou.
Jinping ainda defendeu o desenvolvimento de mecanismos da organização para ajudar o governo do Afeganistão a criar estruturas políticas inclusivas, que permitam eliminar o terreno fértil para grupos terroristas. “Pequim pretende nos próximos cinco anos treinar 2.000 membros das forças de segurança dos países membros da SCO, através da abertura de uma base na China para o treino de especialistas em antiterrorismo”, anunciou.
A Organização de Cooperação de Xangai conta com a presença de líderes de países observadores e nações associadas à organização, como a Turquia. Segundo as autoridades da SCO, ao final da reunião será formalizada a entrada do Irã na entidade.
China e Rússia se aliam contra 'mundo unipolar' criado pelo Ocidente
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Após a reunião com o presidente chinês, Putin também acrescentou críticas às tentativas do Ocidente na criação de um "mundo unipolar" e teceu elogios a posição equilibrada de Pequim sobre a Ucrânia. "As tentativas de criar um mundo unipolar tomaram recentemente uma forma absolutamente desprezível e são totalmente inaceitáveis", comentou Putin. Além disso, o presidente russo reiterou o seu apoio a Pequim em relação à questão de Taiwan, onde as visitas de autoridades norte-americanas nas últimas semanas elevaram ainda mais as tensões entre a China e os EUA.
E apesar de Pequim não apoiar nem criticar abertamente a invasão russa da Ucrânia, o governo chinês já comentou em diversas ocasiões que se opõe às sanções do Ocidente contra a Rússia. Até o momento, a China se absteve de condenar a ofensiva russa no território ucraniano ou de classificá-la como “invasão”, seguindo a mesma linha ideológica do Kremlin, que denomina a guerra como "uma operação militar especial". A Índia também evitou reprovar explicitamente a Rússia pela invasão, aliados de longa data, no entanto ressaltou na SCO a importância da "democracia, diplomacia e diálogo”. Em resposta ao primeiro-ministro indiano Narendra Modi, o presidente Putin assegurou que quer acabar com o conflito na Ucrânia o mais depressa possível. "Conheço a sua posição sobre o conflito na Ucrânia, as suas preocupações. Faremos o possível para acabar com isto o mais depressa possível. Infelizmente, só o lado oposto, a liderança da Ucrânia, anunciou a sua rejeição ao processo de negociação e afirmou que quer alcançar os seus objetivos por meios militares, no campo de batalha", declarou Putin.
Criada desde 2001, a SCO é formada pela China, Rússia, Índia, Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Tajiquistão e Paquistão. Xi Jinping e Vladimir Putin presidem este ano a conferência, na qual assinaram mais de 40 acordos que visam fortalecer a cooperação entre os seus oito membros. Durante o encontro, Jinping pediu aos Estados-membros da SCO que unam forças para resistir à interferência estrangeira e os esforços para instigar revoluções populares nos seus territórios. "É importante não permitir tentativas de forças externas de provocar revoluções coloridas", afirmou.
Jinping ainda defendeu o desenvolvimento de mecanismos da organização para ajudar o governo do Afeganistão a criar estruturas políticas inclusivas, que permitam eliminar o terreno fértil para grupos terroristas. “Pequim pretende nos próximos cinco anos treinar 2.000 membros das forças de segurança dos países membros da SCO, através da abertura de uma base na China para o treino de especialistas em antiterrorismo”, anunciou.
A Organização de Cooperação de Xangai conta com a presença de líderes de países observadores e nações associadas à organização, como a Turquia. Segundo as autoridades da SCO, ao final da reunião será formalizada a entrada do Irã na entidade.