O chefe da polícia do Chile, Mario Rozas, renunciou nesta quinta-feira depois de meses de polêmica sobre supostas violações de direitos humanos e uso excessivo da força por parte das forças de segurança do país.

Sua renúncia veio imediatamente depois de policiais supostamente ferirem dois meninos a tiros na quarta-feira durante uma operação nos escritórios do serviço de cuidados infantis do Chile em Talcahuano, cidade portuária situada ao sul da capital Santiago.

O comando de Rozas já foi alvo de grande questionamento no ano passado depois que milhares de chilenos ficaram feridos em choques com a polícia durante protestos em massa contra a desigualdade. Estes incidentes desencadearam um enxurrada de alegações de abusos por grupos de direitos humanos nacionais e globais contra as forças de segurança do país.
 
Muitos destes casos ainda estão sendo investigados. Rozas nega há tempos que tais abusos sejam sistêmicos ou de alguma forma tolerados pela liderança policial.

O presidente chileno, Sebastián Piñera, que aceitou a renúncia de Rozas em um discurso televisionado, disse que valoriza e admira o trabalho do chefe da polícia e que Rozas serviu em “um momento extraordinariamente difícil e complexo”.


Rozas será substituído pelo general de polícia Ricardo Yanez, seu sucessor na cadeia de comando.