ELEIÇÕES 2022


A ministra das Relações Exteriores do Chile, Antonia Urrejola, rebateu nesta segunda-feira (29/8) um ataque feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na noite desse domingo (28/9), durante o primeiro debate entre os presidencáveis das eleições de 2022.


Durante uma fala, Bolsonaro acusou o presidente do Chile, Gabriel Boric, de atear fogo em metrôs durante os protestos de outubro de 2019.

"São absolutamente falsas. Lamentamos que, em um contexto eleitoral, as relações bilaterais sejam aproveitadas e polarizadas por meio de desinformação, com notícias falsas", declarou a chanceler, em entrevista à CNN Internacional.

O presidente acusou Boric de estar por trás do incêndio de várias estações do Metrô de Santiago durante os protestos que começaram em 18 de outubro de 2019 e que pediam uma maior igualdade social.

"Lula apoiou o presidente do Chile também; o mesmo que praticava atos de tocar fogo em metrôs, e olha para onde está indo o nosso Chile", disse Bolsonaro, depois de enumerar o apoio de Lula a vários governos de esquerda na América Latina.

Convocação 


De acordo com a Agência France Press (AFP), o Chile também convocou para consultas o embaixador do Brasil em Santiago, capital do país, como forma de protesto pelas declarações de Bolsonaro.


"Convocamos o embaixador brasileiro para esta tarde na Chancelaria em nome do secretário-geral de política externa, onde lhe enviaremos uma nota de protesto", explicou Urrejola.

Ataques a outros líderes


Além do Chile, o presidente do Brasil criticou os governos de Alberto Fernandéz, na Argentina, e Gustavo Petro, na Colômbia, que foi empossado neste mês. Já Daniel Ortega, da Nicarágua, foi criticado pelas recentes polêmicas de persseguição à democracia.