Hora da morte: 15h10. Causa: "velhice". Profissão: "Sua Majestade a Rainha". A certidão de óbito de Elizabeth II, que faleceu em 8 de setembro aos 96 anos, foi divulgada nesta quinta-feira (29) pelos Arquivos Nacionais da Escócia.

Após 70 anos de reinado, Elizabeth II morreu em seu castelo escocês de Balmoral. Seu falecimento foi anunciado pelo Palácio de Buckingham, às 18h30 (14h30 de Brasília), mas a primeira-ministra Liz Truss pode ter sido informada às 16h30 (12h30 de Brasília).

A certidão foi assinada pela princesa Anne, filha de Elizabeth II, que acompanhou a soberana em suas últimas horas.

Seu filho mais velho, agora Charles III, chegou a Balmoral ao meio-dia, mas seus outros filhos, Andrew e Edward, assim como o filho de Charles, William, chegaram apenas no início da noite. Harry, irmão de William, chegou ainda mais tarde.

No espaço "profissão" da certidão aparece a menção: "Sua Majestade a Rainha". E o Castelo de Windsor, na periferia oeste de Londres, aparece como seu endereço: ela passou ali a maior parte do tempo desde o início da pandemia da covid-19, enquanto o Palácio de Buckingham, na capital, costuma ser a residência principal dos monarcas britânicos.

A última aparição pública de Elizabeth II foi em 6 de setembro, quando ela encarregou a nova primeira-ministra Liz Truss de formar um governo. A soberana apareceu então sorridente, mas frágil, apoiada em uma bengala.

Nos últimos anos, o palácio se manteve muito discreto sobre o estado de saúde da soberana. Revelou somente há um ano - após vazamentos na imprensa - sua internação para a realização de exames, cuja natureza nunca foi especificada.

Depois, problemas de mobilidade foram mencionados, enquanto ela cancelou muitos compromissos públicos.

Dez dias de luto nacional se seguiram à morte da rainha. Dezenas (se não centenas) de milhares de pessoas fizeram fila para prestarem suas últimas homenagens diante de seu caixão: primeiro, em Edimburgo; depois, em Londres, em Westminster.

Cerca de 2.000 pessoas, incluindo chefes de Estado e membros de famílias reais, compareceram ao funeral de Estado na Abadia de Westminster, em 19 de setembro.

E milhares de outras pessoas se aglomeraram nas ruas para ver pela última vez o caixão dessa rainha imensamente popular em seu país.

A rainha foi enterrada na capela do Castelo de Windsor, a 40 quilômetros de Londres, ao lado de seu marido, o príncipe Philip, de seus pais e sua irmã.

O castelo reabriu nesta quinta-feira, atraindo centenas de pessoas, que puderam ver a lápide da falecida monarca no Memorial George VI, pai de Elizabeth II, que morreu em 1952.