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A princípio, o lockdown deve ser aprovado no Parlamento na próxima quarta (13), entrando em vigor já no dia seguinte. As novas restrições devem seguir o modelo do primeiro confinamento, mas com uma diferença significativa: as escolas, a princípio, permanecerão abertas.
"O que faremos é um confinamento muito próximo daquele que existiu durante os meses de março e abril, garantindo que não fechemos nada que não tenha sido fechado [no primeiro lockdown]", afirmou, neste sábado (9), a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.
Ela destacou que a indústria, a agricultura e o setor de distribuição permanecerão abertos, assim como no primeiro confinamento. Antes de bater o martelo sobre todas as restrições, o Executivo português aguarda uma reunião com especialistas. O governo pede, no entanto, que os cidadãos já comecem a se isolar.
"Não é necessário ficarmos à espera de um novo decreto quando sabemos que, face a estes números, é nossa obrigação protegermo-nos, reduzindo ao máximo nossos contatos àquilo que é essencial. [...] No momento em que há mais pessoas infectadas, também cresce o risco de cada um de nós nos infectarmos", completou Vieira da Silva.
Ao contrário de outros países do continente, como França e Alemanha, Portugal ainda mantém aberta a maior parte do setor de comércio e serviços, incluindo restaurantes, cinemas e academias de ginástica. São justamente essas atividades que devem acabar sendo encerradas.
GOVERNO CRITICADO
Muito elogiado pela reação inicial nos primeiros meses da pandemia, o governo de Portugal vem sendo criticado pela resposta à nova onda de casos de coronavírus. Na contramão de outros países europeus, Portugal não intensificou as restrições de aglomerações e deslocamentos no período de Natal. Pelo contrário: houve afrouxamento das medidas no período entre 23 e 26 de dezembro.
Embora as regras tenham sido apertadas para as celebrações do Ano Novo, especialistas veem consequências graves na decisão de não impor limites à quantidade de pessoas reunidas no Natal.
Na última sexta-feira (8), o país -que tem pouco mais de 10 milhões de habitantes- registrou seu pior dia da pandemia até agora, com recorde de novos diagnósticos (10.176) e de mortes (118).
Nos últimos 4 dias, com pequenas variações, o número de novos casos tem ficado próximo da casa dos 10 mil, algo que jamais tinha acontecido.
Pressionado, o Sistema Nacional de Saúde (SNS) já dá sinais de esgotamento. Os hospitais públicos de Lisboa atingiram sua capacidade para doentes com Covid e já transferem pacientes para outras regiões, como Porto, Covilhã e Algarve.
Em nota, a Ordem dos Médicos de Portugal afirma que os números anteriores da pandemia já permitiam antever que a situação do país dependeria das medidas adotadas na época festiva, mas que o governo optou por "tomar a decisão política de aliviar as medidas de contenção".
A entidade também criticou a estratégia de comunicação da campanha de vacinação contra a Covid-19, iniciada em 27 de dezembro. No dia anterior, as autoridades enviaram mensagens de texto aos celulares de todos os moradores do país avisando sobre o início das imunizações.
Segundo a Ordem dos Médicos, a comunicação "terá contribuído para a redução da percepção do risco por parte da população". Desde o início da pandemia, Portugal já registrou 476.187 casos e 7.701 mortes.
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A princípio, o lockdown deve ser aprovado no Parlamento na próxima quarta (13), entrando em vigor já no dia seguinte. As novas restrições devem seguir o modelo do primeiro confinamento, mas com uma diferença significativa: as escolas, a princípio, permanecerão abertas.
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GOVERNO CRITICADO
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