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string(74) "Brasileiros reagem e Kátia Abreu chama Fernández de 'Bolsonaro portenho'"
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A presidente da CRE (Comissão de Relações Exteriores) do Senado, Kátia Abreu (PP-TO), comparou Fernández com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). "Não vou comentar o que vomitou o Bolsonaro portenho. Brasil e Argentina estão padecendo da mesma moléstia. Só loucura e preconceito", publicou em uma rede social. Logo depois, a senadora apagou a publicação.
Durante um encontro com o premiê da Espanha, Pedro Sánchez, em Buenos Aires, o presidente argentino disse que "os mexicanos vieram dos indígenas, os brasileiros, da selva, e nós, chegamos em barcos". "Eram barcos que vinham da Europa", afirmou, apontando para Sánchez. Depois, referendou: "O meu [sobrenome] Fernández é uma prova disso".
Na Câmara, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que preside a CRE da Casa, afirmou que Fernández estava preocupado em agradar o primeiro-ministro espanhol e mostrar "subserviência à Europa". "É lamentável a declaração preconceituosa feita pelo presidente Fernandéz. O tom depreciativo que reproduz uma visão colonialista, atrasada e superada da história merece repúdio", disse.
"Nós, brasileiros, temos muito orgulho e respeito pelas nossas origens da mesma forma que os argentinos devem ter da sua própria diversidade", afirmou.
Aécio também disse que o presidente argentino não se importa em "tentar depreciar seus vizinhos na América Latina".
Eduardo Braga (MDB-TO), vice-líder do governo no Senado, também criticou a afirmação. "Acho que ele se tornou rapidamente herdeiro do tratamento dado a Hugo Chávez na ONU. Por que não te calas?!", disse em referência à fala do hoje rei emérito da Espanha Juan Carlos, em 2007, para Hugo Chávez.
Também em uma rede social, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse que a manifestação de Fenández explica por que nazistas se esconderam no país vizinho. "Depois de ler na Folha a declaração do presidente argentino de esquerda Fernández sobre os brasileiros terem vindo da selva e argentinos de barco da Europa, passei a entender melhor porque depois da 2ª Guerra Mundial, criminosos de guerra nazistas se esconderam na Argentina", escreveu.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, republicou no Twitter o vídeo com a fala de Fernández e provocou: "Não dirão que foi RACISTA contra indígenas e africanos que formaram o Brasil?". E completou com "o barco que está afundando é o da Argentina".
Procurados, Palácio do Planalto e Itamaraty não responderam.
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Durante um encontro com o premiê da Espanha, Pedro Sánchez, em Buenos Aires, o presidente argentino disse que "os mexicanos vieram dos indígenas, os brasileiros, da selva, e nós, chegamos em barcos". "Eram barcos que vinham da Europa", afirmou, apontando para Sánchez. Depois, referendou: "O meu [sobrenome] Fernández é uma prova disso".
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Aécio também disse que o presidente argentino não se importa em "tentar depreciar seus vizinhos na América Latina".
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Também em uma rede social, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse que a manifestação de Fenández explica por que nazistas se esconderam no país vizinho. "Depois de ler na Folha a declaração do presidente argentino de esquerda Fernández sobre os brasileiros terem vindo da selva e argentinos de barco da Europa, passei a entender melhor porque depois da 2ª Guerra Mundial, criminosos de guerra nazistas se esconderam na Argentina", escreveu.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, republicou no Twitter o vídeo com a fala de Fernández e provocou: "Não dirão que foi RACISTA contra indígenas e africanos que formaram o Brasil?". E completou com "o barco que está afundando é o da Argentina".
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