Após dois dias de marcha para Barcelona, manifestantes provenientes de cinco diferentes cidades catalãs concentraram-se no centro da capital da Catalunha cobrando a libertação dos líderes independentistas detidos. A polícia calcula em mais de meio milhão o número de manifestantes.
 
Paralelamente à concentração principal, que juntava colunas provenientes das cinco cidades, houve também uma manifestação estudantil alternativa, que se encaminhou pela Via Laietana, onde registraram-se confrontos. Há, até o momento, o registro de 35 feridos e 10 detidos.
 
A greve foi convocada pelos sindicatos independentistas Intersindical-CSC e Intersindical Alternativa de Catalunya (IAC), depois de ter sido anunciada a condenação de nove líderes independentistas.
 
Caos no aeroporto
 
Em Barcelona, várias ruas foram bloqueadas. O caos também se instalou no aeroporto  da cidade, com mais de meia centena de voos cancelados.
 
O ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, admitiu que a greve desta sexta-feira pode vir a ser das mais complicadas, temendo a chegada de “grupos radicais do País Basco”.
 
"Não vão nos apanhar de surpresa", garantiu Grande-Marlaska. "Estamos enfrentando uma situação de violência minoritária, mas muito organizada. Não haverá impunidade", acrescentou.
 
No início da tarde, a igreja da Sagrada Família foi fechada ao público. De acordo com a Guarda Urbana de Barcelona, quatro mil pessoas estão concentradas no local.
 
“Devido à concentração de um grupo de manifestantes em frente às portas da Basílica, o acesso ao local não pode ser garantido”, diz um tweet partilhado na página do monumento.