array(31) {
["id"]=>
int(114379)
["title"]=>
string(76) "Banco Mundial reduz previsão de crescimento global ao mínimo desde a crise"
["content"]=>
string(5140) "Madri
A economia mundial cresce no ritmo mais lento desde que saiu da Grande Recessão. O Banco Mundial estima que a expansão em 2019 tenha sido de apenas 2,4%, o que é o dado mais baixo em uma década, de acordo com sua série estatística. E as perspectivas para este ano não melhoram muito. A instituição presidida por David Malpass prevê um crescimento de 2,5%, dois décimos a menos do que nos prognósticos de junho. Este agravamento das perspectivas foi maior na zona do euro: de 1,4% para 1% em 2020.
A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e o enfraquecimento dos investimentos prejudicaram a economia mundial e a fizeram crescer em 2019 abaixo do esperado, diz o Banco Mundial no relatório Perspectivas Econômicas, divulgado na noite desta quarta-feira. Os 2,4% de aumento no ano passado representam dois décimos a menos do que essa organização internacional previra apenas seis meses antes. O FMI já havia alertado em outubro que 2019 seria o ano de menor crescimento no mundo desde a Grande Recessão.
Se em 2018 o comércio mundial se expandiu 4%, no ano passado não passou de 1,4%: "[É] de longe o ritmo mais fraco desde a crise financeira". Para este ano, a previsão é que as transações cresçam 1,9%.
Essa recuperação resultará em uma leve melhora no crescimento mundial neste ano. Os economistas do Banco Mundial calculam que o PIB global aumentará em um décimo. Mas a situação é frágil. “A recuperação esperada poderá ser mais forte se eventos políticos recentes —que baixaram as tensões comerciais— levarem a uma redução contínua da incerteza. No entanto, predominam os riscos de encolhimento, incluindo um possível retorno de uma escalada nas tensões comerciais em todo o mundo, recessões nas maiores economias e distúrbios financeiros nos países em desenvolvimento”, alerta o relatório, nesta edição intitulado Crescimento Lento, Desafios Políticos.
O risco financeiro se reduziu em razão das baixas taxas de juros, que em muitos casos chegam a ser negativas. Segundo o documento, cerca de 12 trilhões de dólares (49 trilhões de reais), um quarto da dívida mundial, têm rentabilidade negativa. No entanto, isso só acontece no Japão e na Europa Ocidental, esclarece o Banco Mundial.
Essa situação global, no entanto, não afeta da mesma maneira todo o mundo. A revisão global de dois décimos para baixo em 2020 apresenta disparidades regionais. Nos EUA, o prognóstico melhora em um décimo para este ano —1,8%— e para 2021 se situa em 1,7%. Na zona do euro, porém, a previsão para 2020 (1%) cai quatro décimos em relação à de meados do ano passado e se mantém a mesma para o próximo ano (1,3%).
“Várias economias [na Europa] estão à beira da recessão, em especial com a fraqueza do setor industrial alemão, por causa da queda na demanda asiática e das adversidades no setor automobilístico. A incerteza sobre o Brexit também influencia no crescimento”, assinala. "As taxas de juros negativas no continente podem minar ainda mais a rentabilidade dos bancos e corroer a estabilidade financeira", acrescenta.
A revisão é ainda mais severa com os países emergentes, especialmente os da América Latina. A redução das expectativas na Argentina leva o Banco Mundial a esperar uma contração da economia de 1,3% —um corte de 3,5 pontos. No México, a redução é de oito décimos e no Brasil, de cinco.
Menos duras são as previsões para a China, que continuará crescendo a um ritmo elevado, de 5,9% este ano, apesar do corte de dois décimos nas previsões. Um dos principais riscos apontados é que “a efetividade do crédito para estimular o crescimento está diminuindo [...]”. Também indica um possível aumento de falências de bancos locais e no sistema financeiro paralelo (informal). Apesar de tudo, o Banco Mundial reduz o perigo na China por causa da “baixa dependência de financiamento externo e da ampla capacidade fiscal e monetária”.
"
["author"]=>
string(28) " MANUEL V. GÓMEZ /EL PAÍS"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(560551)
["filename"]=>
string(22) "economiabm-696x464.jpg"
["size"]=>
string(5) "40276"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(9) "politica/"
}
["image_caption"]=>
string(151) " O vice-primeiro-ministro chinês Liu He com o secretário de Estado dos EUA, Steven Mnuchin, na sexta-feira em Washington.JOSÉ LUIS MAGANA (AP PHOTO)"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(185) "
Entidade estima expansão de 2,5%, dois décimos a menos do que nos prognósticos de junho; economia sofre com guerras comerciais e falta de investimentos
"
["author_slug"]=>
string(22) "manuel-v-gomez-el-pais"
["views"]=>
int(70)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(74) "banco-mundial-reduz-previsao-de-crescimento-global-ao-minimo-desde-a-crise"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(428)
["name"]=>
string(13) "Internacional"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(13) "internacional"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(428)
["name"]=>
string(13) "Internacional"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(13) "internacional"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2020-01-09 22:06:01.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2020-01-09 22:06:01.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2020-01-09T22:10:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(31) "politica/economiabm-696x464.jpg"
}
Madri
A economia mundial cresce no ritmo mais lento desde que saiu da Grande Recessão. O Banco Mundial estima que a expansão em 2019 tenha sido de apenas 2,4%, o que é o dado mais baixo em uma década, de acordo com sua série estatística. E as perspectivas para este ano não melhoram muito. A instituição presidida por David Malpass prevê um crescimento de 2,5%, dois décimos a menos do que nos prognósticos de junho. Este agravamento das perspectivas foi maior na zona do euro: de 1,4% para 1% em 2020.
A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e o enfraquecimento dos investimentos prejudicaram a economia mundial e a fizeram crescer em 2019 abaixo do esperado, diz o Banco Mundial no relatório Perspectivas Econômicas, divulgado na noite desta quarta-feira. Os 2,4% de aumento no ano passado representam dois décimos a menos do que essa organização internacional previra apenas seis meses antes. O FMI já havia alertado em outubro que 2019 seria o ano de menor crescimento no mundo desde a Grande Recessão.
Se em 2018 o comércio mundial se expandiu 4%, no ano passado não passou de 1,4%: "[É] de longe o ritmo mais fraco desde a crise financeira". Para este ano, a previsão é que as transações cresçam 1,9%.
Essa recuperação resultará em uma leve melhora no crescimento mundial neste ano. Os economistas do Banco Mundial calculam que o PIB global aumentará em um décimo. Mas a situação é frágil. “A recuperação esperada poderá ser mais forte se eventos políticos recentes —que baixaram as tensões comerciais— levarem a uma redução contínua da incerteza. No entanto, predominam os riscos de encolhimento, incluindo um possível retorno de uma escalada nas tensões comerciais em todo o mundo, recessões nas maiores economias e distúrbios financeiros nos países em desenvolvimento”, alerta o relatório, nesta edição intitulado Crescimento Lento, Desafios Políticos.
O risco financeiro se reduziu em razão das baixas taxas de juros, que em muitos casos chegam a ser negativas. Segundo o documento, cerca de 12 trilhões de dólares (49 trilhões de reais), um quarto da dívida mundial, têm rentabilidade negativa. No entanto, isso só acontece no Japão e na Europa Ocidental, esclarece o Banco Mundial.
Essa situação global, no entanto, não afeta da mesma maneira todo o mundo. A revisão global de dois décimos para baixo em 2020 apresenta disparidades regionais. Nos EUA, o prognóstico melhora em um décimo para este ano —1,8%— e para 2021 se situa em 1,7%. Na zona do euro, porém, a previsão para 2020 (1%) cai quatro décimos em relação à de meados do ano passado e se mantém a mesma para o próximo ano (1,3%).
“Várias economias [na Europa] estão à beira da recessão, em especial com a fraqueza do setor industrial alemão, por causa da queda na demanda asiática e das adversidades no setor automobilístico. A incerteza sobre o Brexit também influencia no crescimento”, assinala. "As taxas de juros negativas no continente podem minar ainda mais a rentabilidade dos bancos e corroer a estabilidade financeira", acrescenta.
A revisão é ainda mais severa com os países emergentes, especialmente os da América Latina. A redução das expectativas na Argentina leva o Banco Mundial a esperar uma contração da economia de 1,3% —um corte de 3,5 pontos. No México, a redução é de oito décimos e no Brasil, de cinco.
Menos duras são as previsões para a China, que continuará crescendo a um ritmo elevado, de 5,9% este ano, apesar do corte de dois décimos nas previsões. Um dos principais riscos apontados é que “a efetividade do crédito para estimular o crescimento está diminuindo [...]”. Também indica um possível aumento de falências de bancos locais e no sistema financeiro paralelo (informal). Apesar de tudo, o Banco Mundial reduz o perigo na China por causa da “baixa dependência de financiamento externo e da ampla capacidade fiscal e monetária”.