O Banco Mundial (BM) concedeu, nesta quinta-feira, financiamento para a Argentina de 500 milhões de dólares para respaldar programas de desenvolvimento social, informou o organismo.
O novo crédito aprovado pela direção completa um bilionário apoio para promover o crescimento inclusivo no âmbito da recuperação econômica da Argentina. A primeira parcela foi transferida em novembro passado, informou a entidade multilateral em nota.
Jesko Hentschel, diretor do BM para Argentina, Paraguai e Uruguai, afirmou que o projeto procura proteger a população mais vulnerável.
"Procura-se mitigar os impactos inflacionário ao manter o poder aquisitivo de programas sociais, como a Alocação Universal por Filho (AUH, em espanhol), e continua apoiando os esforços para oferecer serviços de saúde de forma equitativa nas cidades", afirma o texto.
O BM disse que estes fundos destinam-se a melhorar a concorrência, reduzindo as barreiras comerciais, facilitar o registro de novas empresas, incentivar o desenvolvimento de mercados de capitais, promover o investimento privado em energia renovável e fortalecer a transparência e responsabilidade fiscal provincial.
A Argentina entrou em recessão em 2018, depois de duas corridas cambiárias que ampliaram a inflação e levaram o governo de Mauricio Macri a buscar um empréstimo de mais de 56 bilhões de dólares no Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca de um plano de austeridade rigoroso.
Neste contexto, a inflação atingiu 3,1% em maio, acumulando mais de 19% neste ano, enquanto o desemprego é de 10,1% e a taxa de pobreza atinge 32% da população.
O Financiamento Programático para Políticas de Desenvolvimento concedido de 500 milhões de dólares tem margem variável, é reembolsável em 32 anos e tem um período de carência de sete anos.