Um avião militar americano C-17 Globemaster III decolou com 640 pessoas a bordo no domingo (15), em Cabul, capital do Afeganistão, mas tinha capacidade indicada para pouco mais de cem passageiros. 

Afegãos se atiraram na rampa entreaberta para entrar no veículo, tentando uma saída do país. De acordo com o portal Defense One, a decisão de decolar, ao invés de tentar retirar as pessoas que invadiram, foi da própria tripulação.  

Em fevereiro do ano passado, o então presidente americano, Donald Trump, assinou acordo com o Talibã para a retirada total das tropas do país em abril de 2021. O atual presidente, Joe Biden, adiou a saída completa para o fim deste mês. 

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Com a retirada das tropas, o Talibã reconquistou o poder e, em consequência, milhares de pessoas estão tentando fugir do Afeganistão. O aeroporto de Cabul tem sido o principal ponto de tentativas de fuga, deixando mortos e diversos feridos. Saiba mais e confira vídeo da TV 247:

(Reuters) - Malala Yousafzai, Prêmio Nobel da Paz, disse estar profundamente preocupada com a situação do Afeganistão, em particular com a segurança de mulheres e meninas, e fez um apelo para que líderes mundiais adotem uma ação urgente.

Yousafzai disse que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, "tem muito a fazer" e que precisa "dar um passo ousado" para proteger o povo afegão, acrescentando que está tentando contatar vários líderes globais.


"Esta é uma crise humanitária urgente para a qual precisamos fornecer nossa ajuda e apoio", disse Malala ao programa Newsnight da rede BBC na segunda-feira.

Malala, de 23 anos, sobreviveu a um tiro na cabeça disparado por um atirador paquistanês do Taliban em 2012 depois de se tornar visada por sua campanha contra os esforços do grupo para negar educação às mulheres.

Ela se tornou conhecida como uma menina de 11 anos que escrevia um blog sob um pseudônimo para a BBC no qual relatava como era viver sob o jugo do Taliban paquistanês.