A Austrália anunciou seu primeiro caso do novo coronavírus no fim da noite desta sexta-feira, 24. Isso aumenta para onze o número de países com infecção. O paciente australiano é do estado de Victoria e a novidade foi anunciada no momento em que o governo pede aos cidadãos australianos que não viajem para a província de Hubei, na China, epicentro do surto.
Trata-se de um cidadão chinês, na casa dos 50 anos, que estava na cidade de Wuhan. De acordo com autoridades sanitárias, ele está em condição estável em um hospital de Melbourne. "É importante enfatizar que não há motivo de alarme para a comunidade", disse disse a ministra da Saúde de Victoria Jenny Mikakos a jornalistas. A diretora interina de saúde de Victoria, Angie Bone, disse que o paciente não está em tratamento intensivo. "Ele é estável e não está em uma condição muito séria", disse ela.
O número de mortos pelo vírus subiu para 41, com mais de 1.200 infectados em todo o mundo, mas a maioria dos casos e todas as mortes até agora ocorreram em Wuhan, onde autoridades impuseram severas restrições a viagens e reuniões públicas.
Além da China, onde o surto começou, já são 11 os países a confirmar casos da doença: França, Japão, Coreia do Sul, Singapura, Estados Unidos, Vietnã, Arábia Saudita, Taiwan, Nepal Tailândia e, agora, Austrália. Nos EUA, dois casos já foram confirmados e mais de 60 registros suspeitos estão em investigação.
No Brasil, o Ministério da Saúde colocou o País em alerta para o risco de transmissão do coronavírus, mesmo sem nenhum caso suspeito. Profissionais de saúde e hospitais já estão sendo orientados de como agir caso o vírus chegue. O ministério descartou os cinco casos suspeitos que foram notificados por não se enquadrarem na definição estabelecida pela OMS.