Apenas um homem-bomba cometeu o letal atentado de quinta-feira (26) no aeroporto de Cabul - afirmou o Pentágono nesta sexta-feira (27), corrigindo declaração anterior sobre dois atacantes e duas explosões separadas. 

"Não acreditamos que tenha havido uma segunda explosão no hotel Baron, ou perto dele. Foi apenas um homem-bomba", declarou o diretor adjunto do Estado-Maior Conjunto, general Hank Taylor.

O Pentágono disse inicialmente que acreditava em uma segunda explosão nesse hotel, localizado a cerca de 200 metros da principal porta de entrada para o aeroporto internacional Hamid Karzai.

Ao menos 85 pessoas, incluindo 13 militares americanos, morreram no atentado, que ocorreu enquanto milhares de pessoas buscam fugir do Afeganistão após a tomada de poder do Talibã em meados de agosto.

O Pentágono também disse que a missão poderia ser afetada por mais ataques como o de quinta-feira, que foi reivindicado pelo braço afegão do grupo extremista Estado Islâmico.

"Ainda acreditamos que há ameaças credíveis (...), ameaças específicas e credíveis", disse à imprensa o porta-voz do Departamento da Defesa americano, John Kirby.

Mais de 100.000 pessoas foram retiradas por ar do Afeganistão desde 14 de agosto e Taylor disse que outras 5.400 ainda estão no aeroporto esperando sair do país.

Estados Unidos, que estabeleceram como prazo 31 de agosto para completar a retirada do país depois de 20 anos de guerra, poderão transportar pessoas por via aérea "até o último momento", afirmou Taylor.

Nas 24 horas anteriores às 03h00 de Washington, 12.500 pessoas foram retiradas do Afeganistão em 89 voos americanos e de seus aliados, disse.