O ataque jihadista do sábado em Silgadji, um povoado do norte de Burkina Faso onde homens foram separados das mulheres e executados, deixou pelo menos 39 mortos - anunciou o governo em um comunicado. 

"As operações de rastreamento na zona das Forças de Defesa e de Segurança (FDS) permitiram determinar a morte de 39 dos nossos concidadão neste ataque covarde e bárbaro", indicou o ministro de Comunicação e porta-voz do governo, Remis Fulgance Dandjinou, em um comunicado.
 
No domingo, os habitantes de Silgadji que fugiam do massacre chegaram a Bourzanga (norte).
 
"Segundo os habitantes [de Silgadji], os terroristas cercaram a população no mercado popular e os separaram em dois grupos. Os homens foram executados e ordenaram as mulheres que deixassem o povoado", disse um morador de Bourzanga por telefone à AFP.
 
Desde 2015, cerca de 800 pessoas morreram em ataques extremistas em Burkina Faso, um país na fronteira com Mali e Níger.
 
Segundo a ONU, os ataques jihadistas em Mali, no Níger e em Burkina Faso deixaram 4.000 mortos em 2019 e provocaram uma crise humanitária sem precedentes. Entre deslocados e refugiados, são cerca de 600 mil pessoas fugindo da violência.