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O grupo jihadista "Estado Islâmico" (EI) reivindicou a autoria neste domingo. Em comunicado divulgado pela rede social Telegram, cuja veracidade não pôde ser comprovada independentemente, a milícia disse que um suicida identificado como Abu Asem al Pakistani detonou os explosivos que carregava.
O atentado ocorrido no sábado à noite acontece num momento em que o Talibã e os Estados Unidos tentam negociar um acordo sobre a retirada das forças americanas do país, em troca de um compromisso por parte dos talibãs com a segurança e conversas de paz com o governo afegão, apoiado por Washington.
O Talibã negou rapidamente responsabilidade pela explosão e condenou o atentado – realizado num salão de festas no oeste de Cabul, em um bairro da minoria xiita – como "proibido e injustificável".
O presidente Ashraf Ghani havia afirmado, porém, que os talibãs não podem escapar da culpa por esse ataque "bárbaro". "O Talibã não pode se absolver de culpa porque eles fornecem plataforma para os terroristas", escreveu ele no Twitter.
O noivo, que se identificou apenas como Mirwais, disse à emissora local Tolo Newsque o ataque "transformou sua felicidade em tristeza". "Minha família e minha noiva estão em choque. Eles não conseguem falar. Minha noiva continua desmaiando", contou. "Perdi meu irmão, perdi meus amigos, perdi meus parentes. Nunca verei felicidade em minha vida novamente."
Mulheres e crianças estavam entre as vítimas, informou neste domingo o porta-voz do Ministério do Interior do país, Nasrat Rahimi.
Casamentos afegãos costumam ser festas épicas, com centenas ou milhares de convidados celebrando por horas dentro de salões de festa gigantescos, onde mulheres e crianças geralmente ficam separadas dos homens. Ahmad Omid, um dos sobreviventes, disse que cerca de 1.200 pessoas haviam sido convidadas para o casamento da prima de seu pai.
"Os convidados estavam dançando e comemorando a festa quando a explosão aconteceu", lembrou Munir Ahmad, de 23 anos, que ficou gravemente e ferido e perdeu uma prima no ataque.
"Após a explosão, foi caos total. Todo mundo estava gritando e chorando por seus entes queridos", afirmou ele à agência de notícias AFP na cama de um hospital, onde está sendo tratado por ferimentos causados por estilhaços.
Acredita-se que o casamento era uma união xiita. Muçulmanos xiitas são frequentemente alvejados no Afeganistão de maioria sunita, principalmente pelo "Estado Islâmico", também ativo em Cabul.
Em 7 de agosto, um carro-bomba do Talibã visando forças de segurança afegãs foi detonado na mesma avenida do salão de festas, matando 14 pessoas e ferindo 145, a maioria mulheres, crianças e outros civis.
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O grupo jihadista "Estado Islâmico" (EI) reivindicou a autoria neste domingo. Em comunicado divulgado pela rede social Telegram, cuja veracidade não pôde ser comprovada independentemente, a milícia disse que um suicida identificado como Abu Asem al Pakistani detonou os explosivos que carregava.
O atentado ocorrido no sábado à noite acontece num momento em que o Talibã e os Estados Unidos tentam negociar um acordo sobre a retirada das forças americanas do país, em troca de um compromisso por parte dos talibãs com a segurança e conversas de paz com o governo afegão, apoiado por Washington.
O Talibã negou rapidamente responsabilidade pela explosão e condenou o atentado – realizado num salão de festas no oeste de Cabul, em um bairro da minoria xiita – como "proibido e injustificável".
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Casamentos afegãos costumam ser festas épicas, com centenas ou milhares de convidados celebrando por horas dentro de salões de festa gigantescos, onde mulheres e crianças geralmente ficam separadas dos homens. Ahmad Omid, um dos sobreviventes, disse que cerca de 1.200 pessoas haviam sido convidadas para o casamento da prima de seu pai.
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"Após a explosão, foi caos total. Todo mundo estava gritando e chorando por seus entes queridos", afirmou ele à agência de notícias AFP na cama de um hospital, onde está sendo tratado por ferimentos causados por estilhaços.
Acredita-se que o casamento era uma união xiita. Muçulmanos xiitas são frequentemente alvejados no Afeganistão de maioria sunita, principalmente pelo "Estado Islâmico", também ativo em Cabul.
Em 7 de agosto, um carro-bomba do Talibã visando forças de segurança afegãs foi detonado na mesma avenida do salão de festas, matando 14 pessoas e ferindo 145, a maioria mulheres, crianças e outros civis.