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Madri
Californiana levou um tiro na cabeça durante a invasão do Congresso e morreu no hospital. Em suas redes, nota-se sua obsessão pelo ainda presidente, e seu marido a define como uma “grande patriota”
Em suas últimas horas de vida, Ashli Babbitt dedicou-se a realizar uma das atividades favoritas de seu líder: tuitar. De forma compulsiva, a mulher compartilhou em sua conta do Twitter dezenas de mensagens sobre os protestos que cercavam o Capitólio em Washington. Ela estava lá, entre centenas de seguidores ― ou fanáticos ― de Donald Trump que se manifestavam às portas do Congresso, no dia em que Joe Biden deveria ser ratificado por deputados e senadores como o futuro presidente dos Estados Unidos. Foi lá também que Babbitt perdeu a vida, após levar um tiro na cabeça.
“Nada vai nos parar, a tempestade está aqui e chegará a Washington em menos de 24 horas. Da escuridão à luz”, digitava ela no Twitter na véspera da violenta irrupção no Capitólio, instigada por Donald Trump justamente com mensagens nessa rede social. Todos os seus tuítes se dedicavam a defender o presidente e a avalizar as diversas teorias conspiratórias sobre uma suposta fraude nas eleições gerais de novembro.
Ashli Babbit, de 35 anos e moradora de San Diego (Califórnia), era uma veterana da Força Aérea dos EUA. Há anos administrava um serviço de manutenção de piscinas com seu marido Timothy McEntee. O homem falou a uma emissora local de San Diego para contar esses detalhes e declarar que sua esposa era uma “grande patriota”. McEntee não a acompanhou a Washington, disse, porque tinha que cuidar da empresa do casal. Mas, em declarações a outros veículos, chegou a admitir que não sabia que sua mulher tinha viajado à capital. Sua sogra se mostrou menos entusiasmada quando falou com o canal Fox: “Sinceramente, não sei por que ela decidiu ir”.
O marido disse ao The Washington Post que Babbit serviu no Afeganistão, Iraque e Kuwait durante os 14 anos de sua passagem pelas Forças Armadas, onde se conheceram. Separaram-se em 2019, mas se reconciliaram e voltaram a casar recentemente. “Era muito barulhenta e firme nas suas opiniões, mas também era cheia de amor e carinhosa”, disse o homem.
Sua vida se desenrolava nas redes, e sua morte também. Segundos depois de levar o tiro que a abateu, já circulavam vários vídeos com seus últimos minutos. Em um deles, uma multidão é vista tentando passar por uma porta, até que um ruído seco detém os invasores, e um corpo cai ao chão. É o de Babbitt, com sangue jorrando pelo rosto. Ali havia bem mais de um celular. Outra das gravações mostra o que acontecia do outro lado da porta de vidro, e se vê claramente a mão que executa o disparo apontando para os invasores. Neste segundo vídeo, parece que a vítima estava empoleirada, destacando-se por cima dos demais manifestantes.
O chefe de polícia da capital confirmou que o tiro foi disparado por um agente do Capitólio e que uma investigação foi iniciada para esclarecer o ocorrido. Na mesma jornada, outras três pessoas morreram em meio às brigas.
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Em suas últimas horas de vida, Ashli Babbitt dedicou-se a realizar uma das atividades favoritas de seu líder: tuitar. De forma compulsiva, a mulher compartilhou em sua conta do Twitter dezenas de mensagens sobre os protestos que cercavam o Capitólio em Washington. Ela estava lá, entre centenas de seguidores ― ou fanáticos ― de Donald Trump que se manifestavam às portas do Congresso, no dia em que Joe Biden deveria ser ratificado por deputados e senadores como o futuro presidente dos Estados Unidos. Foi lá também que Babbitt perdeu a vida, após levar um tiro na cabeça.
“Nada vai nos parar, a tempestade está aqui e chegará a Washington em menos de 24 horas. Da escuridão à luz”, digitava ela no Twitter na véspera da violenta irrupção no Capitólio, instigada por Donald Trump justamente com mensagens nessa rede social. Todos os seus tuítes se dedicavam a defender o presidente e a avalizar as diversas teorias conspiratórias sobre uma suposta fraude nas eleições gerais de novembro.
Ashli Babbit, de 35 anos e moradora de San Diego (Califórnia), era uma veterana da Força Aérea dos EUA. Há anos administrava um serviço de manutenção de piscinas com seu marido Timothy McEntee. O homem falou a uma emissora local de San Diego para contar esses detalhes e declarar que sua esposa era uma “grande patriota”. McEntee não a acompanhou a Washington, disse, porque tinha que cuidar da empresa do casal. Mas, em declarações a outros veículos, chegou a admitir que não sabia que sua mulher tinha viajado à capital. Sua sogra se mostrou menos entusiasmada quando falou com o canal Fox: “Sinceramente, não sei por que ela decidiu ir”.
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