O estilista italiano Giorgio Armani vai começar a produzir aventais para médicos e enfermeiros em todas as suas fábricas, como forma de apoiar os sistemas públicos de saúde durante a crise do coronavírus.

Em países da Europa onde a crise já dura mais tempo, como Itália e Espanha, há falta de materiais e equipamentos nos hospitais. Médicos do Reino Unido também pediram ao governo que reforce o fornecimento.

A escassez de equipamentos de proteção e outros dispositivos médicos é um dos maiores problemas que assola o sistema de saúde da Itália desde que o contágio veio à tona na Lombardia, região rica do norte do país, no final de fevereiro.

A grife administrada pelo estilista Giorgio Armani já havia doado 1,25 milhão de euros (R$ 6,9 milhões) para os hospitais italianos, e agora aumentou o valor para 2 milhões de euros (R$ 11 milhões). A indústria de moda italiana também está se associando com indústrias têxteis para fabricar máscaras de produção, em falta no país.

De acordo com a Reuters, um consórcio de empresas têxteis e de moda do país, coordenado pela associação comercial Confindustria Moda, deve começar a produzir em breve um milhão de máscaras de proteção com o objetivo de tornar a Itália autossuficiente na fabricação destes itens.

MAIS AJUDA DA MODA

As marcas francesas de luxo Saint Laurent e Balenciaga e a italiana Gucci também anunciaram nesta semana que vão fabricar máscaras para suprir a escassez na luta contra a propagação da pandemia do novo coronavírus. O anúncio foi feito pelo grupo Kering ao qual as três pertencem.

"As oficinas francesas das casas Balenciaga e Yves Saint Laurent estão se preparando para a fabricação de máscaras assim que as autoridades competentes aprovarem o procedimento e os materiais", disse Kering, acrescentando que a produção será realizada "sob o respeito das mais rigorosas medidas de proteção sanitária para seus trabalhadores".