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O governo da Argentina, liderado pelo presidente ultraliberal recém-eleito, Javier Milei, formalizou sua renúncia à adesão ao BRICS, por meio de cartas dirigidas aos países-membros do grupo, anunciou o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, nesta sexta-feira (29).
Nas missivas, assinadas por Milei, informa-se que, "neste caso, a incorporação da República Argentina ao BRICS como membro pleno a partir de 1º de janeiro de 2024 não é considerada apropriada".
A incorporação da Argentina ao grupo de países do BRICS, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, havia sido decidida na Cúpula de Joanesburgo (África do Sul) em agosto passado, durante a presidência do peronista Alberto Fernández.
"A marca da política externa do Governo que presido há poucos dias difere em muitos aspectos da do Governo anterior", justificou Milei, que tomou posse em 10 de dezembro.
"Nesse sentido, serão revistas algumas decisões tomadas pela gestão anterior. Entre elas, está a criação de uma unidade especializada para a participação ativa do país no BRICS", acrescentou, segundo o texto divulgado pela imprensa local, cujo conteúdo foi confirmado em entrevista coletiva pelo porta-voz presidencial.
O lançamento dessa unidade havia sido anunciado ao BRICS pelo então presidente Fernández, por meio de uma carta enviada ao grupo de países em setembro passado.
Na cúpula de Joanesburgo, anunciou-se a expansão do BRICS com o convite a seis novos membros, que incluíam, além da Argentina, Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos. Hoje, o grupo representa 24% do Produto Interno Bruto (PIB) global e 42% da população mundial.
A China, que representa cerca de 70% do PIB do grupo, foi quem impulsionou sua expansão.
Os integrantes do BRICS compartilham a reivindicação de um equilíbrio mundial mais inclusivo, especialmente no que diz respeito à influência dos Estados Unidos e da União Europeia (UE).
O presidente Milei designou Estados Unidos e Israel como os principais aliados estratégicos de seu governo.
"Nosso alinhamento de geopolítica é com Estados Unidos e Israel. Não vamos nos alinhar com comunistas", declarou Milei durante a campanha eleitoral, quando chegou a afirmar que queria pôr fim às relações comerciais com o gigante asiático, segundo maior sócio comercial da Argentina depois do Brasil.
Após a posse, adotou, no entanto, um tom mais conciliador em relação a Pequim e agradeceu "pelas felicitações e bons votos" recebidos do presidente chinês, Xi Jinping.
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O governo da Argentina, liderado pelo presidente ultraliberal recém-eleito, Javier Milei, formalizou sua renúncia à adesão ao BRICS, por meio de cartas dirigidas aos países-membros do grupo, anunciou o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, nesta sexta-feira (29).
Nas missivas, assinadas por Milei, informa-se que, "neste caso, a incorporação da República Argentina ao BRICS como membro pleno a partir de 1º de janeiro de 2024 não é considerada apropriada".
A incorporação da Argentina ao grupo de países do BRICS, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, havia sido decidida na Cúpula de Joanesburgo (África do Sul) em agosto passado, durante a presidência do peronista Alberto Fernández.
"A marca da política externa do Governo que presido há poucos dias difere em muitos aspectos da do Governo anterior", justificou Milei, que tomou posse em 10 de dezembro.
"Nesse sentido, serão revistas algumas decisões tomadas pela gestão anterior. Entre elas, está a criação de uma unidade especializada para a participação ativa do país no BRICS", acrescentou, segundo o texto divulgado pela imprensa local, cujo conteúdo foi confirmado em entrevista coletiva pelo porta-voz presidencial.
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Os integrantes do BRICS compartilham a reivindicação de um equilíbrio mundial mais inclusivo, especialmente no que diz respeito à influência dos Estados Unidos e da União Europeia (UE).
O presidente Milei designou Estados Unidos e Israel como os principais aliados estratégicos de seu governo.
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Após a posse, adotou, no entanto, um tom mais conciliador em relação a Pequim e agradeceu "pelas felicitações e bons votos" recebidos do presidente chinês, Xi Jinping.