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string(63) "Após demissão, Gallant explica as divergências com Netanyahu"
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O ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, admitiu nesta quarta-feira (6) que foi demitido por ter discordado do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu em três temas relacionados com a guerra na Faixa de Gaza.
"Fui demitido por causa de um desacordo sobre três questões: a minha posição firme sobre o recrutamento universal, incluindo de judeus ultraortodoxos, o compromisso de devolver os reféns o mais rapidamente possível e enquanto estiverem vivos, mesmo à custa de um doloroso compromisso e ainda a necessidade de uma comissão de inquérito estadual sobre o dia 07 de outubro", enfatizou Gallant, durante um discurso televisionado.
Gallant é a favor que todos devem servir no exército e participar na missão de defender o Estado, se referindo aos homens da comunidade judaica ultraortodoxa, muitos deles que estavam isentos do serviço militar até decisão contrária do Supremo Tribunal em junho.
Por sua vez, Netanyahu se nega a implementar esta ordem jurídica devido à ameaça dos dois partidos ultraortodoxos da sua coligação política, o Shas e Judaísmo da Torá Unida, de fragmentar o governo se os seus jovens forem recrutados, que se dedicam à oração e ao estudo da Torah.
Gallant apelou também à necessidade de instituir uma investigação profunda por meio de uma comissão nacional, para identificar os responsáveis pela violação de segurança que permitiu o ataque do Hamas em território israelense.
Após as relações tensas entre Netanyahu e Gallant, o primeiro-ministro nomeou para substituí-lo o atual chefe da diplomacia, Israël Katz. "Surgiram divergências significativas entre mim e o senhor Gallant na condução da campanha militar, acompanhadas de declarações e ações que contradiziam as decisões do Governo e do gabinete. Por outro lado, o ministro Katz já deu provas das suas capacidades e das suas contribuições para a segurança nacional. Katz alia a responsabilidade e a calma na resolução de problemas que são essenciais para liderar esta campanha", alegou o premiê.
Israël Katz, até agora chefe da diplomacia israelita - cargo que será a partir de agora ocupado por Gideon Saar, anunciou Netanyahu -, "Por outro lado, o ministro Katz já deu provas das suas capacidades e dos seus contribuições para a segurança nacional", escreveu o primeiro-ministro para explicar a sua escolha.
Conhecido pela alcunha de ‘trator’, Katz já foi ministro das Finanças, ministro das Informações e é um membro de longa data do Gabinete de Segurança de Israel.
Na noite de terça-feira (5) uma manifestação reuniu milhares de pessoas em Tel Aviv e em outras várias regiões do país que protestaram contra a demissão de Gallant, tal como ocorreu no final de março de 2023, quando Netanyahu o demitiu pela primeira vez por se opor a uma reforma judicial.
Os manifestantes se opuseram à decisão da demissão, afirmando que esta apenas favorece a sobrevivência política de Netanyahu, mas não o país, desgastado por uma guerra em Gaza há mais de um ano. Entre as palavras de ordem mais repetidas ainda durante os protestos, em que a polícia por vezes atacou os participantes, os israelenses pediram um acordo para a libertação dos reféns e que os judeus ultraortodoxos sirvam como os outros jovens no exército, duas exigências defendidas por Gallant. Quarenta pessoas foram detidas na capital.
Além disso, um grupo que representa as famílias das pessoas feitas reféns pelo Hamas no ataque de 7 de outubro também condenou a demissão de Gallant por Netanyahu, considerando-a uma continuação dos esforços para minar um acordo de libertação.
O Fórum dos Reféns e das Famílias Desaparecidas apelou ao novo ministro da Defesa para que expresse um compromisso explícito com o fim da guerra e realize um acordo global para o regresso imediato de todos os raptados.
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"Fui demitido por causa de um desacordo sobre três questões: a minha posição firme sobre o recrutamento universal, incluindo de judeus ultraortodoxos, o compromisso de devolver os reféns o mais rapidamente possível e enquanto estiverem vivos, mesmo à custa de um doloroso compromisso e ainda a necessidade de uma comissão de inquérito estadual sobre o dia 07 de outubro", enfatizou Gallant, durante um discurso televisionado.
Gallant é a favor que todos devem servir no exército e participar na missão de defender o Estado, se referindo aos homens da comunidade judaica ultraortodoxa, muitos deles que estavam isentos do serviço militar até decisão contrária do Supremo Tribunal em junho.
Por sua vez, Netanyahu se nega a implementar esta ordem jurídica devido à ameaça dos dois partidos ultraortodoxos da sua coligação política, o Shas e Judaísmo da Torá Unida, de fragmentar o governo se os seus jovens forem recrutados, que se dedicam à oração e ao estudo da Torah.
Gallant apelou também à necessidade de instituir uma investigação profunda por meio de uma comissão nacional, para identificar os responsáveis pela violação de segurança que permitiu o ataque do Hamas em território israelense.
Após as relações tensas entre Netanyahu e Gallant, o primeiro-ministro nomeou para substituí-lo o atual chefe da diplomacia, Israël Katz. "Surgiram divergências significativas entre mim e o senhor Gallant na condução da campanha militar, acompanhadas de declarações e ações que contradiziam as decisões do Governo e do gabinete. Por outro lado, o ministro Katz já deu provas das suas capacidades e das suas contribuições para a segurança nacional. Katz alia a responsabilidade e a calma na resolução de problemas que são essenciais para liderar esta campanha", alegou o premiê.
Israël Katz, até agora chefe da diplomacia israelita - cargo que será a partir de agora ocupado por Gideon Saar, anunciou Netanyahu -, "Por outro lado, o ministro Katz já deu provas das suas capacidades e dos seus contribuições para a segurança nacional", escreveu o primeiro-ministro para explicar a sua escolha.
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Na noite de terça-feira (5) uma manifestação reuniu milhares de pessoas em Tel Aviv e em outras várias regiões do país que protestaram contra a demissão de Gallant, tal como ocorreu no final de março de 2023, quando Netanyahu o demitiu pela primeira vez por se opor a uma reforma judicial.
Os manifestantes se opuseram à decisão da demissão, afirmando que esta apenas favorece a sobrevivência política de Netanyahu, mas não o país, desgastado por uma guerra em Gaza há mais de um ano. Entre as palavras de ordem mais repetidas ainda durante os protestos, em que a polícia por vezes atacou os participantes, os israelenses pediram um acordo para a libertação dos reféns e que os judeus ultraortodoxos sirvam como os outros jovens no exército, duas exigências defendidas por Gallant. Quarenta pessoas foram detidas na capital.
Além disso, um grupo que representa as famílias das pessoas feitas reféns pelo Hamas no ataque de 7 de outubro também condenou a demissão de Gallant por Netanyahu, considerando-a uma continuação dos esforços para minar um acordo de libertação.
O Fórum dos Reféns e das Famílias Desaparecidas apelou ao novo ministro da Defesa para que expresse um compromisso explícito com o fim da guerra e realize um acordo global para o regresso imediato de todos os raptados.