Em informe de mais de 200 páginas publicado nesta terça-feira, a entidade que serve como uma das referências no campo de direitos humanos aponta "graves abusos" cometidos contra os palestinos que vivem no território ocupado, incluindo Jerusalém Oriental.

O novo relatório constata a realidade atual de uma autoridade única, o governo israelense, governando regiões habitadas por dois grupos, e "metodologicamente privilegiando israelenses judeus enquanto reprime palestinos, de forma mais severa no território ocupado", comenta o jornalista Jamil Chade em sua coluna no UOL,

O governo de Benjamin Netanyahu é um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro, que acenou para o reconhecimento da política do israelense e chegou a indicar que mudaria a embaixada do Brasil para Jerusalém. Na ONU, o Brasil se transformou em um porta-voz do governo israelense, criticando resoluções contra o governo de Netanyahu e sendo um dos poucos a votar contra propostas de condenação de Israel no Conselho de Direitos Humanos.


Antes de cair, o então chanceler Ernesto Araújo viajou para Israel e demonstrou seu apoio ao governo local contra a decisão da procuradoria do Tribunal Penal Internacional de abrir investigações contra autoridades israelenses por suas práticas contra palestinos.