Seis companhias aéreas cancelaram desde ontem suas conexões com a Venezuela, após os Estados Unidos alertarem a aviação civil sobre um “aumento da atividade militar” em meio ao destacamento de forças americanas no Caribe.

A espanhola Iberia, a portuguesa TAP, a colombiana Avianca, a brasileira GOL e a chilena Latam comunicaram ontem o cancelamento dos seus voos, segundo as associações de linhas aéreas (Alav) e de agências de viagens (Avavit).

A Alav havia incluído a Caribbean Airlines nessa lista, mas a empresa de Trinidad e Tobago deixou de operar no país em setembro. Já a Turkish Airlines anunciou hoje o cancelamento dos seus voos entre os próximos dias 24 e 28.

Os Estados Unidos devem declarar amanhã como organização terrorista um suposto cartel de drogas liderado pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Washington mobilizou no Caribe o maior porta-aviões do mundo, acompanhado por uma frota de navios de guerra e caças, para realizar operações antidrogas, uma ação que Maduro denunciou como “uma ameaça” para tirá-lo do poder.

A Administração Federal de Aviação (FAA) pediu anteontem às aeronaves que cruzam o espaço aéreo venezuelano para aumentar sua precaução, devido a um “agravamento da situação de segurança e ao aumento da atividade militar na Venezuela e em seus arredores”.

Desde setembro, as forças americanas atacaram mais de 20 embarcações supostamente dedicadas ao narcotráfico no Mar do Caribe e no Pacífico oriental, causando a morte de 83 pessoas.

"A Turkish Airlines foi bastante específica. No caso das demais companhias aéreas, não recebemos comunicados claros sobre quais seriam as datas", informou à AFP a presidente da Avavit, Vicky Herrera.

Copa, Air Europa, PlusUltra e Wingo não se pronunciaram sobre seus voos. Já as venezuelanas Láser, Avior e Estelar informaram que operam normalmente.