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string(5567) "GUERRA NO LESTE EUROPEU
A adesão da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) adiciona um poderoso exército à aliança e uma peça estratégica que pode ajudar a defender melhor o flanco oriental de um possível ataque russo, dizem autoridades e analistas.
Quando o presidente Vladimir Putin lançou sua ofensiva contra a Ucrânia em fevereiro do ano passado, um dos argumentos apresentados foi que ele precisava impedir a expansão contínua da Otan em direção às suas fronteiras.
No entanto, 13 meses depois, a decisão da Finlândia de ingressar na Otan significa que a aliança agora dobra sua fronteira com a Rússia, em um movimento que muda o equilíbrio militar do Báltico para a região do Ártico.
"Agora a Finlândia precisa da Otan, mas a Otan também precisa da Finlândia diante de uma Rússia mais agressiva", disse Jamie Shea, ex-funcionário da Otan e membro associado do grupo de pesquisa Chatham House.
Para a Otan, será "mais fácil defender-se coletivamente contra a Rússia, agora que tem acesso ao território finlandês e às capacidades que a Finlândia traz para a mesa".
Os estrategistas da Otan procuraram durante anos uma maneira eficiente de defender seus três membros bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia) de um possível ataque russo.
A preocupação centrou-se no corredor de Suwalki, uma faixa de 65 quilômetros entre o enclave russo de Kaliningrado e Belarus, e de onde um ataque fulminante poderia interromper os contatos entre esses três aliados bálticos e o resto da Otan.
Assim, a adesão da Finlândia poderia ajudar a Otan a dominar a região do Mar Báltico e - como Helsinque fica a menos de 70 quilômetros da capital da Estônia, Tallinn - fornecer uma nova rota para reforços.
"A adesão da Finlândia fortalecerá a defesa avançada da Otan e contribuirá para a dissuasão", disse o ministro da Defesa da Estônia, Hanno Pevkur, à AFP por e-mail.
No entanto, ele alertou que "a importância do corredor de Suwalki para a Otan permanece, já que Belarus se tornou um distrito militar de fato da Rússia", insistindo que a aliança ainda precisa seguir em frente com planos para fortalecer os países bálticos.
Vantagens e vulnerabilidades
Ao norte, ter a Finlândia na Otan ajudará a aliança a defender a estreita faixa de território norueguês ligada à Rússia, onde Moscou poderia ter realizado um ataque, disse o analista Jan Kallberg.
Pesquisador do Centro para Análise de Políticas Europeias, Kallberg acrescentou a importância da Finlândia para a Força Aérea.
"Até agora, as Forças Aéreas da Otan contavam com alguns aeródromos noruegueses que poderiam ser atacados no início de um conflito. A Finlândia adiciona mais bases e pistas de pouso", disse ele.
Acrescentar 1.300 quilômetros adicionais à sua fronteira terrestre com a Rússia também inevitavelmente traz vulnerabilidade, e descobrir como defendê-la representará um desafio para os estrategistas da Otan.
Mas com os militares da Rússia atolados na Ucrânia, analistas dizem que provavelmente levará anos para que Moscou reconstrua sua capacidade de ameaçar essa fronteira.
Por enquanto, espera-se que a Finlândia siga o exemplo de sua vizinha Noruega e opte por não ter forças aliadas da Otan permanentemente estacionadas em seu território.
"A Finlândia é um dos poucos países europeus que nunca parou de se preparar para uma possível guerra", disse Minna Alander, pesquisadora do Instituto Finlandês de Assuntos Internacionais.
Enquanto outros exércitos da Europa Ocidental diminuíram após a Guerra Fria, a Finlândia manteve um modelo de recrutamento criado a partir da amarga experiência da invasão da União Soviética em 1939.
"Isso agora dá à Finlândia uma força de guerra de até 280.000 soldados e uma reserva total de 870.000", acrescentou.
A adesão iminente da Finlândia destaca uma lacuna que ainda precisa ser resolvida para a Otan: a adesão da vizinha Suécia, cujo pedido de adesão é bloqueado por Turquia e Hungria.
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Quando o presidente Vladimir Putin lançou sua ofensiva contra a Ucrânia em fevereiro do ano passado, um dos argumentos apresentados foi que ele precisava impedir a expansão contínua da Otan em direção às suas fronteiras.
No entanto, 13 meses depois, a decisão da Finlândia de ingressar na Otan significa que a aliança agora dobra sua fronteira com a Rússia, em um movimento que muda o equilíbrio militar do Báltico para a região do Ártico.
"Agora a Finlândia precisa da Otan, mas a Otan também precisa da Finlândia diante de uma Rússia mais agressiva", disse Jamie Shea, ex-funcionário da Otan e membro associado do grupo de pesquisa Chatham House.
Para a Otan, será "mais fácil defender-se coletivamente contra a Rússia, agora que tem acesso ao território finlandês e às capacidades que a Finlândia traz para a mesa".
Os estrategistas da Otan procuraram durante anos uma maneira eficiente de defender seus três membros bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia) de um possível ataque russo.
A preocupação centrou-se no corredor de Suwalki, uma faixa de 65 quilômetros entre o enclave russo de Kaliningrado e Belarus, e de onde um ataque fulminante poderia interromper os contatos entre esses três aliados bálticos e o resto da Otan.
Assim, a adesão da Finlândia poderia ajudar a Otan a dominar a região do Mar Báltico e - como Helsinque fica a menos de 70 quilômetros da capital da Estônia, Tallinn - fornecer uma nova rota para reforços.
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Ao norte, ter a Finlândia na Otan ajudará a aliança a defender a estreita faixa de território norueguês ligada à Rússia, onde Moscou poderia ter realizado um ataque, disse o analista Jan Kallberg.
Pesquisador do Centro para Análise de Políticas Europeias, Kallberg acrescentou a importância da Finlândia para a Força Aérea.
"Até agora, as Forças Aéreas da Otan contavam com alguns aeródromos noruegueses que poderiam ser atacados no início de um conflito. A Finlândia adiciona mais bases e pistas de pouso", disse ele.
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"Isso agora dá à Finlândia uma força de guerra de até 280.000 soldados e uma reserva total de 870.000", acrescentou.
A adesão iminente da Finlândia destaca uma lacuna que ainda precisa ser resolvida para a Otan: a adesão da vizinha Suécia, cujo pedido de adesão é bloqueado por Turquia e Hungria.