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"Estamos vivendo uma comédia de horrores, mas tenho esperança de que iremos aprender com tudo isso", afirma Palmeira em entrevista por email ao F5, da Folha de S.Paulo.
O ator integrou, no ano passado, o elenco de "Sala de Roteiro", websérie criada a partir da crônica de mesmo nome do colunista Antonio Prata, publicada nesta Folha. A produção é uma sátira da política brasileira. "Estou muito apreensivo com a situação do Brasil, tão vulnerável da maneira que está."
Durante a quarentena, Palmeira se dedica à adaptação do livro "Dezamores", do escrito Pedro Ayres, para uma série. A ideia é que o projeto seja o primeiro trabalho dele como diretor. O ator também é cotado para interpretar Zé Leôncio, no remake de "Pantanal" (1990), que a Globo programa para este ano. Na versão da Manchete, Palmeira fez o peão Tadeu, um dos papéis mais importantes de sua carreira.
Enquanto a trama não vai ao ar, o público pode matar a saudade do ator em "Porto dos Milagres" (Globo, 2001), que está disponível no catálogo do Globoplay desde o início de fevereiro, como parte do projeto da plataforma de resgatar novelas antigas.
Escrita por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares e inspirada em duas obras do escritor Jorge Amado -"Mar Morto" e "A Descoberta da América Pelos Turcos"- o enredo é ambientado na fictícia cidade de Porto dos Milagres, situada na região do Recôncavo Baiano.
Por lá, o pescador Guma, vivido por Palmeira, é o representante do povo contra o poder inescrupuloso exercido por Félix (Antonio Fagundes) e sua ambiciosa mulher, Adma (Cassia Kis). "A novela segue atual. Na verdade, Jorge Amado é muito atual, porque ainda vivemos um grande desequilíbrio social, com muitas pessoas ficando pobres, e menos [pessoas] ficando ainda mais ricas. A novela fala dessas injustiças e da exploração do trabalho", afirma.
Mocinho da novela, o personagem do ator se apaixona por Lívia -primeira protagonista vivida por Flávia Alessandra. De origens diferentes, já que ela faz parte de uma família tradicional da cidade que não aceita o seu relacionamento com o pescador, eles enfrentam muitas dificuldades para viver o romance. O casal também sofre com as armações de Esmeralda (Camila Pitanga), que faz de tudo para ficar com o herói.
Assim como Guma, Palmeira afirma ser apaixonado pelo mar. O ator lembra de uma cena famosa em que o pescador enfrenta uma grande tempestade em alto-mar. Para a gravação, a Globo fez uma parceira com a empresa americana Digital Domain, responsável pelos efeitos do filme "Titanic" (1997).
Um tanque de 30 metros de largura e 3 metros de profundidade foi construído no Projac (hoje Estúdios Globo. O reservatório, usado em outras produções da emissora, é cercado por um paredão forrado de verde, que serve para os efeitos de chromakey, e contém duchas de água no topo para simular as tempestades.
"Esse foi o momento mais legal porque me senti em um parque de diversões com todo aquele aparato trazendo muita emoção para a cena", afirma o ator. Em 20 anos, porém, ele pontua que a tecnologia evoluiu muito na teledramaturgia.
FILMES
De novidade, no fim de 2020, Palmeira estreou o filme "Boca de Ouro", leitura do diretor Daniel Filho sobre a peça de mesmo nome de Nelson Rodrigues. Ele faz o personagem-título, um bicheiro carioca, recém-assassinado.
A narrativa, que se passa nos anos 1950, é desenrolada por um jornalista, papel de Silvio Guindane, que bate na porta de uma ex-amante de Boca de Ouro, a dona Guigui, vivida por Malu Mader, e pergunta se ela tem alguma história do bandido para contar, um caso emblemático, algum "crime bacana" para narrar.
A mulher então começa a falar, mas vai dando versões bem diferentes do que aconteceu à medida que ela vai mudando de humor. Completam o elenco Lorena Comparato, Thiago Rodrigues e Fernanda Vasconcelos.
Outro trabalho recente de Palmeira no cinema é "Barulho da Noite", primeiro longa com direção de Eva Pereira, ainda sem previsão de data para ser lançado, que foi rodado no Tocantins e aborda o abuso infantil. "'Boca de Ouro', sempre atual, já nos mostrando a hipocrisia social e o 'Barulho' nos mostrando as profundezas de um Brasil escondido", conclui o ator.
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O ator integrou, no ano passado, o elenco de "Sala de Roteiro", websérie criada a partir da crônica de mesmo nome do colunista Antonio Prata, publicada nesta Folha. A produção é uma sátira da política brasileira. "Estou muito apreensivo com a situação do Brasil, tão vulnerável da maneira que está."
Durante a quarentena, Palmeira se dedica à adaptação do livro "Dezamores", do escrito Pedro Ayres, para uma série. A ideia é que o projeto seja o primeiro trabalho dele como diretor. O ator também é cotado para interpretar Zé Leôncio, no remake de "Pantanal" (1990), que a Globo programa para este ano. Na versão da Manchete, Palmeira fez o peão Tadeu, um dos papéis mais importantes de sua carreira.
Enquanto a trama não vai ao ar, o público pode matar a saudade do ator em "Porto dos Milagres" (Globo, 2001), que está disponível no catálogo do Globoplay desde o início de fevereiro, como parte do projeto da plataforma de resgatar novelas antigas.
Escrita por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares e inspirada em duas obras do escritor Jorge Amado -"Mar Morto" e "A Descoberta da América Pelos Turcos"- o enredo é ambientado na fictícia cidade de Porto dos Milagres, situada na região do Recôncavo Baiano.
Por lá, o pescador Guma, vivido por Palmeira, é o representante do povo contra o poder inescrupuloso exercido por Félix (Antonio Fagundes) e sua ambiciosa mulher, Adma (Cassia Kis). "A novela segue atual. Na verdade, Jorge Amado é muito atual, porque ainda vivemos um grande desequilíbrio social, com muitas pessoas ficando pobres, e menos [pessoas] ficando ainda mais ricas. A novela fala dessas injustiças e da exploração do trabalho", afirma.
Mocinho da novela, o personagem do ator se apaixona por Lívia -primeira protagonista vivida por Flávia Alessandra. De origens diferentes, já que ela faz parte de uma família tradicional da cidade que não aceita o seu relacionamento com o pescador, eles enfrentam muitas dificuldades para viver o romance. O casal também sofre com as armações de Esmeralda (Camila Pitanga), que faz de tudo para ficar com o herói.
Assim como Guma, Palmeira afirma ser apaixonado pelo mar. O ator lembra de uma cena famosa em que o pescador enfrenta uma grande tempestade em alto-mar. Para a gravação, a Globo fez uma parceira com a empresa americana Digital Domain, responsável pelos efeitos do filme "Titanic" (1997).
Um tanque de 30 metros de largura e 3 metros de profundidade foi construído no Projac (hoje Estúdios Globo. O reservatório, usado em outras produções da emissora, é cercado por um paredão forrado de verde, que serve para os efeitos de chromakey, e contém duchas de água no topo para simular as tempestades.
"Esse foi o momento mais legal porque me senti em um parque de diversões com todo aquele aparato trazendo muita emoção para a cena", afirma o ator. Em 20 anos, porém, ele pontua que a tecnologia evoluiu muito na teledramaturgia.
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De novidade, no fim de 2020, Palmeira estreou o filme "Boca de Ouro", leitura do diretor Daniel Filho sobre a peça de mesmo nome de Nelson Rodrigues. Ele faz o personagem-título, um bicheiro carioca, recém-assassinado.
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A mulher então começa a falar, mas vai dando versões bem diferentes do que aconteceu à medida que ela vai mudando de humor. Completam o elenco Lorena Comparato, Thiago Rodrigues e Fernanda Vasconcelos.
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