SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Roberto Cabrini entrevistou Marcius Melhem no Domingo Espetacular (Record) e o questionou sobre os casos de assédio de que é acusado. O jornalista leu trechos da reportagem publicada pela revista piauí, em que foram revelados detalhes sobre dois assédios sofridos por Dani Calabresa.
 
O primeiro relato de Calabresa foi em relação à festa do Zorra em que ela conta ter sido imobilizada no banheiro por Melhem. "Não tentei agarrar a Dani Calabresa em momento nenhum. O que aconteceu entre mim e ela naquela festa eu só falo na Justiça para não expor a Calabresa e a mim mesmo", afirmou, durante a entrevista que foi ao ar neste domingo (20)

Ele diz que esses relatos são um delírio. "Quem falar o contrário, está mentindo", afirmou.

Melhem também negou que tenha visitado o camarim de Calabresa antes de cena que ela faria de maiô. Ele afirma, ainda, que só vai à Justiça porque tem provas.

A reportagem da Record mostrou trechos em que Melhem e Calabresa trocam mensagens e áudios que demonstram uma relação de afeto e amizade. "Eu e Dani Calabresa temos uma relação de amizade, de respeito e de intimado. Foi totalmente tranquila e normal. Em 2019, tivemos um desentendimento profissional".

O ator diz que não precisa pedir desculpas por nada a nenhum dos seus colegas de trabalho. "Eu só tenho que pedir desculpas a minha ex-mulher, que eu traí diversas vezes. Eu pedi desculpas a ela".

Melhem disse que teve relações consensuais com diversas pessoas no trabalho e que isso também foi um erro. Mas nega relação abusiva com elas.

"Eu nunca usei o meu poder pra me relacionar com qualquer pessoa que seja, nem nunca troquei favores, nem prejudiquei, coagi", afirmou Melhem.

O ator e diretor também fala que espera um processo na Justiça e que não está saindo de casa. "Estou sendo ameaçado de morte, de espancamento. Eu tenho duas filhas."

Ele afirma que foi o primeiro a entrar na Justiça em relação ao caso. "Nunca aconteceu com alguém que é acusado de algo tão grave ter que implorar pra esse processo ir pra Justiça".

Melhem afirma que a advogada Mayra Cotta, que representa Calabresa e outras vítimas, agiu de forma irresponsável para "destruir a honra de uma pessoa de forma tão vil, sem um processo jurídico, sem uma causa. Muita gente não percebe isso. Acha que eu estou sendo acusado e processado. Mas quem começou o processo judicial fui eu".

Cotta falou ao Domingo Espetacular disse que não se surpreendente com as acusações que faz contra ela, pois essa é uma "tática mais antiga dos assediadores .

Melhem ainda diz que não está saindo de casa porque tem sofrido ameaças de morte.