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"São músicas que fazem parte do imaginário das pessoas e que fazem bem ouvir em um momento como este", diz Gal, em entrevista por email. "É uma maneira de a gente se comunicar com o nosso público, com as pessoas que estão em casa. Música faz muito bem para as pessoas. Acho que ela é um bálsamo."
Ícone da Tropicália e dona de uma das vozes mais marcantes da música brasileira, ela se apresenta neste sábado (26) no palco da Casa de Francisca, casa noturna na região central de São Paulo, mas sem plateia presencial. O show será transmitido ao vivo pela TNT, na TV e no YouTube do canal, a partir das 22h.
A baiana não dá mais detalhes do repertório de "Gal 75", mas antecipa que, além dos hits, vai cantar músicas novas e também faixas menos conhecidas do público. No palco, Gal terá apenas a companhia dos músicos Pedro Sá (violão) e Chicão (teclado), que estiveram com ela na turnê de seu disco mais recente, "A Pele do Futuro" (2018).
Quanto à novidade de cantar para uma plateia invisível – alternativa possível em tempos de coronavírus–, a experiência é, para Gal, mais um desafio em 55 anos de música. "Acredito que o mais importante na minha carreira é que sou uma artista que gosta de ousar, de dar saltos e criar rupturas. Gosto de sair da zona de conforto. Meu temperamento sempre foi esse. O meu espírito não acompanha a minha idade cronológica, minha alma é jovem", diz.
Assim como tem acontecido com muitos artistas, Gal teve planos suspensos pela pandemia e os adaptou à nova realidade. Seu próximo trabalho, ela diz, deve ser um álbum comemorativo com a participação de novos nomes da música.
"Tínhamos um projeto de turnê de comemoração dos 55 anos de carreira, mas infelizmente tivemos que adiar. A ideia agora é fazer um álbum, uma espécie de retrospectiva, com regravações e convidados de gerações mais novas. Era uma coisa que eu já pensava em fazer, mas que ganhou mais força na pandemia", revela.
A troca entre Gal e os mais jovens não é de hoje, e ela diz valorizar o intercâmbio entre gerações. Ela conta que a mudança no perfil dos fãs começou a ser notada em 2011. "Desde o álbum 'Recanto' (2011), tenho visto um público mais jovem nos meus shows, junto aos fãs que já me acompanham. Acho esse diálogo entre as gerações muito rico e importante para a música", destaca.
Vale lembrar que não foi a só a plateia de Gal Costa que mudou. Em um movimento que parecia improvável, a musa da Tropicália fez uma parceria com a cantora sertaneja Marília Mendonça – conhecida como "rainha da sofrência", ela assina a composição e divide com Gal os vocais da música "Cuidando de Longe", uma das faixas do álbum "A Pele do Futuro".
"Eu sou uma pessoal plural, tenho várias Gals dentro de mim. Acho que a gente deve ser aberta para ver o mundo de várias maneiras e isso se reflete no meu trabalho."
'Sou bem caseira' Gal nasceu em Salvador, morou por anos no Rio de Janeiro, chegou a voltar para a capital baiana e há mais de oito anos escolheu São Paulo como residência oficial. "Eu adoro São Paulo. Gosto da maneira como as pessoas se relacionam aqui. São Paulo tem uma coisa séria com que eu me identifico muito", diz.
E é na capital paulista, em seu apartamento no Jardins, com o filho Gabriel, 15 anos, que Gal Costa tem passado a quarentena -um período difícil até mesmo para ela, que gosta de ficar em casa.
"Este momento não tem sido fácil para ninguém, até para mim que sou bem caseira. Eu estou em casa desde o começo, com o Gabriel, seguindo todas as recomendações. Faço as coisas de casa, assisto a filmes, TV, leio notícias, coisas que já fazia normalmente", conta.
Com mais de meio milhão de seguidores no Instagram, Gal Costa se revela uma entusiasta das redes sociais. Nos últimos meses ela tem ocupado seu perfil com postagens em que faz uma retrospectiva de seus discos e músicas, mas não só. Ela também diverte os fãs com vídeos de duas grandes paixões: Sadi e Rob, dois cães da raça golden retriever.
"Gosto muito de postar", admite. E ainda acompanha o público. "Fico muito atenta ao que os fãs postam."
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"São músicas que fazem parte do imaginário das pessoas e que fazem bem ouvir em um momento como este", diz Gal, em entrevista por email. "É uma maneira de a gente se comunicar com o nosso público, com as pessoas que estão em casa. Música faz muito bem para as pessoas. Acho que ela é um bálsamo."
Ícone da Tropicália e dona de uma das vozes mais marcantes da música brasileira, ela se apresenta neste sábado (26) no palco da Casa de Francisca, casa noturna na região central de São Paulo, mas sem plateia presencial. O show será transmitido ao vivo pela TNT, na TV e no YouTube do canal, a partir das 22h.
A baiana não dá mais detalhes do repertório de "Gal 75", mas antecipa que, além dos hits, vai cantar músicas novas e também faixas menos conhecidas do público. No palco, Gal terá apenas a companhia dos músicos Pedro Sá (violão) e Chicão (teclado), que estiveram com ela na turnê de seu disco mais recente, "A Pele do Futuro" (2018).
Quanto à novidade de cantar para uma plateia invisível – alternativa possível em tempos de coronavírus–, a experiência é, para Gal, mais um desafio em 55 anos de música. "Acredito que o mais importante na minha carreira é que sou uma artista que gosta de ousar, de dar saltos e criar rupturas. Gosto de sair da zona de conforto. Meu temperamento sempre foi esse. O meu espírito não acompanha a minha idade cronológica, minha alma é jovem", diz.
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"Tínhamos um projeto de turnê de comemoração dos 55 anos de carreira, mas infelizmente tivemos que adiar. A ideia agora é fazer um álbum, uma espécie de retrospectiva, com regravações e convidados de gerações mais novas. Era uma coisa que eu já pensava em fazer, mas que ganhou mais força na pandemia", revela.
A troca entre Gal e os mais jovens não é de hoje, e ela diz valorizar o intercâmbio entre gerações. Ela conta que a mudança no perfil dos fãs começou a ser notada em 2011. "Desde o álbum 'Recanto' (2011), tenho visto um público mais jovem nos meus shows, junto aos fãs que já me acompanham. Acho esse diálogo entre as gerações muito rico e importante para a música", destaca.
Vale lembrar que não foi a só a plateia de Gal Costa que mudou. Em um movimento que parecia improvável, a musa da Tropicália fez uma parceria com a cantora sertaneja Marília Mendonça – conhecida como "rainha da sofrência", ela assina a composição e divide com Gal os vocais da música "Cuidando de Longe", uma das faixas do álbum "A Pele do Futuro".
"Eu sou uma pessoal plural, tenho várias Gals dentro de mim. Acho que a gente deve ser aberta para ver o mundo de várias maneiras e isso se reflete no meu trabalho."
'Sou bem caseira' Gal nasceu em Salvador, morou por anos no Rio de Janeiro, chegou a voltar para a capital baiana e há mais de oito anos escolheu São Paulo como residência oficial. "Eu adoro São Paulo. Gosto da maneira como as pessoas se relacionam aqui. São Paulo tem uma coisa séria com que eu me identifico muito", diz.
E é na capital paulista, em seu apartamento no Jardins, com o filho Gabriel, 15 anos, que Gal Costa tem passado a quarentena -um período difícil até mesmo para ela, que gosta de ficar em casa.
"Este momento não tem sido fácil para ninguém, até para mim que sou bem caseira. Eu estou em casa desde o começo, com o Gabriel, seguindo todas as recomendações. Faço as coisas de casa, assisto a filmes, TV, leio notícias, coisas que já fazia normalmente", conta.
Com mais de meio milhão de seguidores no Instagram, Gal Costa se revela uma entusiasta das redes sociais. Nos últimos meses ela tem ocupado seu perfil com postagens em que faz uma retrospectiva de seus discos e músicas, mas não só. Ela também diverte os fãs com vídeos de duas grandes paixões: Sadi e Rob, dois cães da raça golden retriever.
"Gosto muito de postar", admite. E ainda acompanha o público. "Fico muito atenta ao que os fãs postam."