Cosby responde por três crimes sexuais cometidos contra a ex-jogadora de basquete Andrea Constand. Cada um deles pode resultar em até dez anos de prisão
Um dos maiores escândalos da história de Hollywood, o caso do ator Bill Cosby, acusado de abusar sexualmente de 60 mulheres, vai a julgamento final nesta segunda-feira. O juiz Steven T. O'Neil conduzirá os trâmites legais do condado de Montgomery, em Norristown, Pensilvânia.
Em abril deste ano, Cosby foi condenado pelo mesmo magistrado por drogar e abusar sexualmente da ex-jogadora de basquete Andrea Constand. Norristown declarou o artista como culpado por três acusações: penetração sem consentimento, penetração enquanto a vítima estava inconsciente e penetração após administração de intoxicantes. Cada uma delas pode resultar em até dez anos de prisão. Aos 81 anos, o astro já cumpre prisão domiciliar. O desafio que se apresenta ao juiz é decidir se ele deve ou não pagar por seus crimes na cadeia.
As acusações deram força à tag #MeToo, bastante usada nas redes sociais desde outubro do ano passado, quando mulheres do mundo inteiro começaram a compartilhar suas histórias de abusos e superações nas redes sociais, incentivando outras vítimas a quebrarem o silêncio.
Em entrevista concedida em abril, a atriz Lili Bernard, que integra o coro de mulheres que denunciaram Cosby, disse, aos prantos, que o veredito de culpado conferido ao comediante funcionou como uma espécie de cura para suas feridas. “Mas vê-lo algemado seria "UAU! Nós, as vítimas, merecemos isso”.
Bill Cosby sempre negou ter cometido qualquer crime.