Nesse início de temporada, diretoria rubro-negra negociou Diego Souza, Rithely e André
Fonte:JConline
A negociação de André para o Grêmio, na última sexta-feira, decretou o fim da “Era dos Midiáticos” no Sport. Antes de o atacante deixar à Ilha do Retiro, Diego Souza e Rithely já tinham se despedido do clube rubro-negro (o primeiro acertou sua ida para o São Paulo, enquanto que o segundo rumou para o Internacional). Diante da dificuldade financeira do Leão, a política para esta temporada é de pés no chão. Ao invés de jogadores renomados nacionalmente, a diretoria leonina pretende montar um elenco competitivo, com atletas que estejam dispostos a crescer na carreira e enxerguem o Sport como essa vitrine.
“Tomamos essa medida (de descartar os medalhões) por dois motivos: primeiro porque acreditamos nesse modelo, com jogadores competitivos e que prezem pela coletividade; segundo por estarmos prezando pela situação financeira do clube. Não temos condições de trazer ou manter um jogador midiático. Hoje, as finanças do clube não permitem seguir nessa linha. Se errar na contratação de um jogador com um patamar elevado vai onerar a nossa folha. Por isso, vamos adotar a linha de trazer atletas com vontade e que queiram aparecer na disputa do Brasileirão”, explicou Júlio Neto, diretor de futebol do Sport.
A saída de Diego Souza, Rithely e André representou uma economia de R$ 1 milhão na folha salarial do plantel leonino. “É claro que o jogador midiático, como o nome já diz, traz mídia. Temos esse retorno financeiro junto com a torcida, que cria ídolos, mas eles acabam deixando a desejar na competitividade. Eles (estrelas) têm muita técnica, talento, mas pouca força dentro de campo. No Brasil, são poucos com o meio termo. E, se tem, estão atuando na Europa”, comentou dirigente leonino.
Se fora de campo o trio midiático deu mais visibilidade nacionalmente ao Sport, além de trazer recursos financeiros com vendas de camisa e patrocínios, dentro de campo a parceria não foi tão positiva assim. No período que Diego Souza, André e Rithely atuaram juntos com a camisa rubro-negra, apenas um título foi conquistado: o Campeonato Pernambucano de 2017. “O nosso modelo de jogo tem de mudar. É preciso jogar coletivamente. Essa sempre foi a característica do Sport. O coletivo tem de se sobressair do individualismo. Não adianta um jogador fazer 11 gols e outro 16 no Brasileirão. Em 2016 e 2017 tínhamos grandes nomes e só escapamos do rebaixamento na última rodada”, disse Guilherme Beltrão, vice-presidente de futebol rubro-negro.
MAIS RAÇA
Com a troca de peças, os dirigentes também esperam resgatar os valores do clube, investindo na formação de um time com mais pegada. “O estilo de jogo dos midiáticos é mais lento, sem muita raça, fugindo do espírito rubro-negro. Acreditamos nesse modelo de trabalho e vamos voltar às origens do Sport, mostrando raça para buscar as vitórias e se entregando em campo para vender caro as derrotas”, frisou Júlio.
Já visando a disputa do Brasileirão da Série A, o Leão já encaminhou as contratações do zagueiro Ernando, do lateral-direito Cláudio Winck e do meia Andrigo (todos do Internacional), além do volante Nonoca, do Cruzeiro.