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Além de ser mais perto que as concorrentes, estando a cerca de 70 km de BH, a cidade da Região Metropolitana conta com a Arena do Jacaré, inaugurada em 2006 e ampliada e modernizada em 2010, que oferece todo conforto para as equipes. O problema é que estamos em meio a uma grave crise sanitária e qualquer movimentação de pessoas, principalmente em grande número, como o caso de delegações de futebol, pode acarretar aumento nos números de contaminados e, consequentemente, mais mortes.
Até essa sexta-feira, Sete Lagoas contava com 372 casos de COVID-19 confirmados e sete óbitos. A cidade tem cerca de 240 mil habitantes e tem permitido o funcionamento apenas de serviços básicos. Já Ipatinga, que também conta com boa estrutura para a prática do futebol, por exemplo, é mais longe (cerca de 210 km) e vive situação literalmente 10 vezes pior em relação à pandemia, com 3,3 mil casos e 68 mortos. A cidade do Vale do Aço tem cerca de 265 mil habitantes e não aderiu ao Minas Consciente.
Como aderiu ao programa Minas Consciente, do governo do Estado, que busca balizar a retomada das atividades econômicas, Sete Lagoas precisaria que toda a macrorregião de saúde Central avançasse ao menos para a Onda Verde para liberar o futebol. Assim mesmo, sem torcida nos estádios e com restrições de acesso à imprensa.
“O município está atento às medidas sanitárias e de distanciamento social para evitar a propagação do novo coronavírus. Caso os clubes e a própria Federação Mineira de Futebol (FMF) respeitem as normas do programa Minas Consciente, ao qual o município é signatário, não há impedimento para a realização de partidas na cidade”, disse, em nota, a Prefeitura de Sete Lagoas.
Ela ressalta que o proprietário da Arena do Jacaré é o Democrata Futebol Clube, que disputa o Módulo II do Campeonato Mineiro, cabendo à agremiação “a decisão sobre os eventos que receberá em seu estádio. A diretoria democratense já se mostrou completamente receptiva a ceder o local aos parceiros neste momento de incertezas e dificuldades para todos”.
“Estamos conversando tanto com Atlético quanto com o Cruzeiro. E o América está junto, eles estão conversando entre eles, para, caso necessite alguma benfeitoria, reforma, conseguir recursos para custear isso”, afirma Renato Paiva, presidente do Jacaré, que já recebeu representantes do Galo e aguarda visita técnica da Raposa e do Coelho para a próxima semana, além da emissora detentora dos direitos de transmissão, tanto do Estadual quanto dos torneios nacionais.
O Estádio Joaquim Henrique Nogueira, como é oficialmente batizado, já foi a casa dos gigantes mineiros entre 2010 e 2013, quando tanto Mineirão quanto Independência passaram por reformas para abrigar jogos e treinos de seleções na Copa do Mundo de 2014. E não ficou fora do Mundial, abrigando treinos da Seleção do Uruguai.
Para Paiva, as condições legais parecem estar garantidas. “Se o governo do Estado liberar o futebol, automaticamente Sete Lagoas vai liberar também”, afirmou. Os clubes têm de comunicar à FMF o local do jogo até cinco dias antes da realização.
Virologista aponta risco na volta do futebol
Para a virologista Jordana Coelho dos Reis, da UFMG, é arriscado realizar partidas de futebol neste momento, ainda que sem audiência. “A atenção com os funcionários do estádio terá de ser redobrada. Os agentes de limpeza, por exemplo, são sempre um grupo de risco, pois podem entrar em contato com superfícies, máscaras usadas e secreções infectadas ao realizar o trabalho”, afirmou a médica, ressaltando a grande chance de quem se contaminar transmitir para os conterrâneos.
Até mesmo os jogadores e membros de comissões técnicas representam perigo. “Mesmo sendo testados, eles podem estar infectados sem saber. São os chamados falsos-negativos. E aí, podem transmitir a COVID-19 para os outros”, explicou, colocando também os profissionais de imprensa que forem cobrir os jogos em alerta. “Tem de manter a distância o máximo possível.”
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Além de ser mais perto que as concorrentes, estando a cerca de 70 km de BH, a cidade da Região Metropolitana conta com a Arena do Jacaré, inaugurada em 2006 e ampliada e modernizada em 2010, que oferece todo conforto para as equipes. O problema é que estamos em meio a uma grave crise sanitária e qualquer movimentação de pessoas, principalmente em grande número, como o caso de delegações de futebol, pode acarretar aumento nos números de contaminados e, consequentemente, mais mortes.
Até essa sexta-feira, Sete Lagoas contava com 372 casos de COVID-19 confirmados e sete óbitos. A cidade tem cerca de 240 mil habitantes e tem permitido o funcionamento apenas de serviços básicos. Já Ipatinga, que também conta com boa estrutura para a prática do futebol, por exemplo, é mais longe (cerca de 210 km) e vive situação literalmente 10 vezes pior em relação à pandemia, com 3,3 mil casos e 68 mortos. A cidade do Vale do Aço tem cerca de 265 mil habitantes e não aderiu ao Minas Consciente.
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Virologista aponta risco na volta do futebol
Para a virologista Jordana Coelho dos Reis, da UFMG, é arriscado realizar partidas de futebol neste momento, ainda que sem audiência. “A atenção com os funcionários do estádio terá de ser redobrada. Os agentes de limpeza, por exemplo, são sempre um grupo de risco, pois podem entrar em contato com superfícies, máscaras usadas e secreções infectadas ao realizar o trabalho”, afirmou a médica, ressaltando a grande chance de quem se contaminar transmitir para os conterrâneos.
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