AMÉRICA

Dirigente do América, Marcus Salum classificou a situação do Atlético como 'anormal', em função da grande injeção de recursos do empresário Rubens Menin, e disse que o Cruzeiro vive uma crise 'difícil de sair', com forte endividamento e sem recursos na Série B do Campeonato Brasileiro. As declarações foram concedidas ao Canal do Nicola no Youtube.


"A situação do Atlético é anormal, porque não é viável que alguém possa emprestar este tanto de dinheiro, porque nós estamos falando de um dos maiores bilionários do Brasil. Então, isso vai caminhar para alguma coisa diferente, transformação em ação, alguma coisa vai ter que acontecer, porque vai ficar uma dívida pendente pelo resto da vida. Não sei como isso vai continuar, apesar de eu conhecer o Rubens Menin e saber que as intenções dele são boas. Acho que o Rafael Menin sonha em ser presidente, isso é um palpite, acho que está bem entregue. Mas não é uma situação normal. Eu não gostaria de dirigir um clube que eu dependesse do talão de cheques de alguém. Eu não gostaria. Aqui no América, eu empresto ou outro empresta, cria uma situação, mas a gente paga. Estas dívidas que não são pagáveis a gente fica incomodado", disse.
 

Salum elogiou a história do Cruzeiro, os milhões de torcedores celestes, mas afirmou que vai ser difícil o clube sair desta crise.

"Esta situação do Cruzeiro eu lamento muito. Eu falei que a gente é o segundo clube de Minas, porque estamos na Série A. Mas a gente tem que respeitar o Cruzeiro, porque é uma nação de torcedores monstruosa, representa muito no futebol brasileiro, mas está vivendo situação que é difícil sair dela. Eles vão ter que achar um caminho. E este caminho eu não vou falar o que é e o que não é, porque não tenho conhecimento, apesar de ter muito ex-América no Cruzeiro. Gente que tem experiência e que faz mais por menos", afirmou.

"E não é só a situação do Cruzeiro. É do Santos, do Botafogo e de outros. Porque você tem um pote de receita e dois potes, o passivo e o que tem que pagar para tocar o clube. Se não tiver receita suficiente para dividir, você fica no meio do caminho e fica tomando mordida o tempo todo. E bloqueia tudo. Então, você tem que ficar dois, três meses sem pagar impostos. A saída desses clubes será transformar em empresa, será abrir mão do comando, fazer recuperação. O caminho do Cruzeiro, que tem hoje uma gestão que parece conseguir levar o dia a dia, mas é muito difícil, porque atrasa pagamento, atrasa compromissos. A gente sente uma insatisfação do grupo, mas é muito difícil. A gente torce que o Cruzeiro se recupere, porque para o futebol mineiro é triste", acrescentou.