O presidente da Fifa, Gianni Infantino, se reuniu nesta terça-feira (22) com o capitão da seleção peruana, Paolo Guerrero, e indicou "compreender sua decepção" de ficar fora da Copa do Mundo da Rússia, mas lembrou que a punição foi imposta pela Corte Arbitral do Esporte (CAS).
Respondendo à pedido da Federação Peruana (FPF), Infantino recebeu o presidente da FPF, Edwin Oviedo, e Guarrero na sede da Fifa em Zurique.
Infantino "explicou até que ponto entende a decepção de Guerrero em não poder participar do Grupo da seleção peruana na Copa do Mundo da Rússia-2018", indicou a Fifa em comunicado.
Mas o chefe do futebol mundial também indicou que "a punição foi imposta pela Corte Arbitral do Esporte, após apelação realizada contra a decisão de um órgão judicial independente da Fifa".
O sindicato de jogadores profissionais (FIFpro), que avalia que a punição a Guerrero é "injusta e desproporcional", tinha pedido uma "reunião de urgência com a Fifa" para poder autorizar sua participação no mundial.
O capitão da seleção deu "positivo" pelo metabólito da cocaína benzoilecgonina, substância incluída na lista de proibições da Agência Mundial Antidoping (AMA), após teste realizado em 5 de outubro ao final da partida das Eliminatórias da Copa contra a Argentina.
O jogador de 34 anos tinha sido suspenso inicialmente por um ano, mas a Fifa anunciou no final de dezembro que a pena foi reduzida para seis meses.
Tanto o jogador, que pedia a anulação da suspensão, quando a AMA apelaram a decisão em fevereiro. A AMA pediu uma suspensão entre um e dois anos para o jogador.
A punição de seis meses terminou no dia 3 de maio. Guerrero entrou em campo com a camisa do Flamengo três dias depois, apesar de estar esperando a decisão do CAS para saber se poderia ou não estar na Copa do Mundo.
Em 14 de maio, a Corte decidiu pela ampliação da punição de seis para 14 meses, responsabilizando-o por "erro ou negligência".