Natural de Três Corações, Minas Gerais, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, tem sua história ligada ao futebol mineiro. O maior atleta do século 20 viveu na cidade até os três anos de idade, o suficiente para criar laços por toda a vida.

O craque do Santos e da Seleção Brasileira sempre escondeu o seu clube do coração quando jovem. Muitos declararam que ele era vascaíno, ou até mesmo corinthiano. Mas na verdade, o pequeno Edson Arantes torcia para o Galo, por influência do pai, que jogou profissionalmente pelo clube por uma única partida.

“Essa história de ser vascaíno começou quando eu disputei um torneio por um combinado de Santos e Vasco. Na verdade, eu torcia pelo Atlético Mineiro, porque meu pai, ‘seu’ Dondinho, jogou lá”, disse Pelé em entrevista à revista Placar em 1999.

A única partida do pai de Pelé pelo Atlético foi em abril de 1940 contra o São Cristóvão, do Rio de Janeiro. O jogo era uma espécie de teste para Dondinho, que assinaria contrato com o clube após a partida se a performance em campo fosse satisfatória. Entretanto, o então atacante teve uma lesão séria no menisco em uma disputa de bola com o zagueiro Augusto e nunca mais atuou pelo clube.

Pelé e Atlético foram se reencontrar quando o craque já brilhava em campo pelo Santos. Ao todo, o rei enfrentou o Galo em 20 oportunidades, marcando 12 gols. Foram oito vitórias para cada lado e quatro empates.