A despedida do Náutico do estádio dos Aflitos na temporada foi a melhor possível. No primeiro jogo da final da Série C, o caldeirão ferveu mais uma vez - como tem sido costume nessa reta final da competição - e viu o time alvirrubro sair na frente em busca do seu inédito título nacional. Em um jogo muito disputado, o Timbu contou com a sorte para abrir o placar com um gol contra inusitado do Sampaio Corrêa, levou o empate pouco depois ainda no primeiro tempo e, na etapa complementar, Camutanga marcou no início e Jhonnatan fez no fim para dar números finais ao jogo. 
 
Agora, o Timbu se prepara para voltar a campo no próximo domingo, às 16h, no estádio Castelão, pela finalíssima da competição. O Náutico pode perder até por um gol de diferença para ser campeão brasileiro. Se for derrotado por dois, a partida vai para os pênaltis - não há gol qualificado. 
 
O JOGO
 
O Náutico teve duas mudanças em relação ao time que enfrentou o Juventude. Camutanga retornou ao time na vaga de Rafael Ribeiro após cumprir suspensão e Danilo Pires - após dois meses fora - assumiu o lugar de Matheus Carvalho, suspenso. Jean Carlos, dúvida durante toda a semana, foi para o jogo.
 
Foi uma primeira etapa em que o Náutico começou inferior, mas aos poucos conseguiu equilibrar. O Timbu começou tendo dificuldades com a marcação pressão do Sampaio Corrêa. Com 15 minutos de partida, Jefferson precisou fazer três boas defesas. 
 
 
Com a diminuição do ritmo da equipe maranhense, o time alvirrubro passou a incomodar, principalmente pela direito com Danilo Pires jogando por ali, mais avançado. Com cruzamentos pelo setor, o jogador foi a principal arma do Timbu no primeiro tempo.
 
E assim abriu o placar. Aos 27 minutos, após boa jogada do meia, o Náutico conseguiu um escanteio por aquele lado. Ao alçar a bola na área, a defesa do Sampaio se complicou sozinha e marcou contra após bate-rebate entre Lucas Hulk e Vítor Salvador. 
 
A vantagem, no entanto, durou pouco. E se o lance inusitado ajudou o Náutico, dessa vez atrapalhou. Após um novo bate-rebate - protagonizado por Josa e Jean Carlos - no campo de defesa, a bola sobrou para Roney que, dentro da área, chutou sem chances para Jefferson. A partir daí, o jogo ficou morno e sem chances para os times.
 
SEGUNDO TEMPO
 
A etapa complementar seguiu o mesmo panorama da inicial, com a partida equilibrada e o Náutico cometendo alguns erros de passes na tentativa de criar jogadas. Para destravar o jogo, então, o Timbu recorreu às bolas áereas. E desta forma, com Camutanga, desempatou o jogo. O zagueiro subiu mais que toda a defesa maranhense para aproveitar bom cruzamento de Wilian Simões.
 
Com a vantagem no placar, o Náutico precisou se mostrar um time sólido na defesa. Isso porque o Sampaio, precisando do resultado, foi para cima, fazendo duas mexidas ofensivas.  Em resposta, o técnico Gilmar Dal Pozzo também fez duas mudanças.
 
Para reforçar a marcação, acionou Jiménez na vaga de Jean Carlos e o time passou a ter três volantes. Para não perder o poder de fogo na frente, no entanto, tirou Danilo Pires e colocou Jefferson Nem.
 
E no duelo dos treinadores, melhor para o alvirrubro. O Náutico conseguiu segurar o ímpeto do Sampaio e, no fim, ainda fez o terceiro. Jhonnatan aproveitou cruzamento na pequena área e deu números finais ao jogo. Timbu com um importante passo para ser campeão nacional. 
 
FICHA DO JOGO
 
Náutico
Jefferson; Hereda, Diego Silva, Camutanga (Fernando Lombardi) e Wilian Simões; Josa, Danilo Pires (Jefferson Nem), Jhonnatan, Jean Carlos (Jiménez); Álvaro e Wallace Pernambucano. Técnico: Gilmar Dal Pozzo.
 
Sampaio Corrêa
Andrey; Everton, Odair, Vítor Salvador e João Victor; Ferreira, Lucas Hulk e Eloir (Rodrigo Andrade); Esquerdinha (Matheus), Roney e Salatiel Júnior (Alex Henrique). Técnico: João Brigatti.
 
Local: Aflitos
Árbitro: Heber Roberto Lopes (SC)
Assistentes: Éder Alexandre e Johnny Barros de Oliveira (ambos de SC)
Gols: João Victor contra e Camutanga e Jhonnatan (N); Roney (S)
Cartões amarelo: Jean Carlos, Diego Silva, Hereda e Josa (N)
Público: 16.148
Renda: R$ 407.293,00