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Contratado sob grande expectativa pelo Atlético no início de 2020, o técnico Rafael Dudamel ficou no clube por apenas 52 dias - ou dez partidas - até ser demitido. Nesse curto período, acumulou eliminações e não conseguiu criar boa relação com parte do elenco alvinegro. Segundo o meia Nathan, alguns jogadores “acabavam ficando de saco cheio” por conta de regras instituídas pelo venezuelano.
“O Dudamel era um cara que às vezes queria muito mandar, mandar, mandar, deixava a gente trancado no CT e tal. Tem alguns jogadores que não gostam disso e acabavam ficando de saco cheio: ‘Pô, o cara quer mandar em tudo’”, disse o jogador, em entrevista à Record.
Nathan detalhou alguns aspectos da convivência dos jogadores com Dudamel na Cidade do Galo. De acordo com o meia, por exemplo, o elenco tinha horário restrito para almoçar. Quem não cumprisse seria multado.
“Só podia almoçar no horário que ele queria. E tem alguns jogadores que gostavam de fazer academia depois do treino. Acabava o treino, e queriam ir para a academia, mas não podiam ir para a academia, porque tinham que estar meio-dia na hora do almoço. Só que o treino acabava tipo 11h40, por exemplo. Tinha que tomar banho rapidão para subir e almoçar. Se não chegasse meio-dia, ganhava multa”, continuou.
Aspectos táticos
O meia alvinegro não criticou apenas a convivência fora de campo com Dudamel, mas também demonstrou irritação com o trabalho do treinador no dia a dia de treinamentos e jogos. Nathan disse que o elenco “não entendia muito bem o esquema tático” proposto pelo venezuelano.
Logo quando chegou ao clube, Dudamel tentou implementar uma formação com três volantes (dois deles mais à frente, atuando como meias) e não utilizou o 4-2-3-1 ao qual os jogadores estão acostumados. Preferiu um sistema que ele chamava de 4-3-3, que tinha Zé Welison, Allan e Jair no meio.
“A gente era acostumado, era bitolado, a só fazer um esquema, só jogar de um jeito. Aí chega um técnico e quer que a gente jogue de outro jeito. Aí alguns jogadores já começam a não gostar, e o técnico gostava de bater de frente. Ele chegou e, do dia para a noite, e 'pum': mudou tudo. A gente não entendia muito bem o esquema tático. Ele falava para fazer uma coisa. Aí a gente fazia. E depois ele falava para fazer outra, depois falava para fazer outra. Essas coisas que não deixava muito clara para a gente”, finalizou Nathan.
No Atlético, Dudamel acumulou duas eliminações vexatórias: caiu na primeira fase da Copa Sul-Americana para o Unión-ARG e na segunda fase da Copa do Brasil para o modesto Afogados-PE.
Em apenas dez partidas sob o comando do venezuelano, o Atlético venceu quatro jogos, empatou outros quatro e perdeu dois, um aproveitamento de 53,33% dos pontos disputados. A equipe marcou 13 gols e sofreu oito.
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Nathan detalhou alguns aspectos da convivência dos jogadores com Dudamel na Cidade do Galo. De acordo com o meia, por exemplo, o elenco tinha horário restrito para almoçar. Quem não cumprisse seria multado.
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O meia alvinegro não criticou apenas a convivência fora de campo com Dudamel, mas também demonstrou irritação com o trabalho do treinador no dia a dia de treinamentos e jogos. Nathan disse que o elenco “não entendia muito bem o esquema tático” proposto pelo venezuelano.
Logo quando chegou ao clube, Dudamel tentou implementar uma formação com três volantes (dois deles mais à frente, atuando como meias) e não utilizou o 4-2-3-1 ao qual os jogadores estão acostumados. Preferiu um sistema que ele chamava de 4-3-3, que tinha Zé Welison, Allan e Jair no meio.
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