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O corpo de Diego Maradona foi enterrado em cemitério na Argentina nesta quinta-feira (26), em um cemitério particular na periferia de Buenos Aires. O sepultamento aconteceu após um velório caótico na Casa Rosada (sede do Governo) e com incidentes em várias ruas da capital argentina.
Sob forte dispositivo de segurança, com tropas de choque protegendo o perímetro do cemitério Jardín Bellavista, ao noroeste de Buenos Aires, o cortejo fúnebre, com a ex-mulher de Maradona, Claudia Villafañe, e as filhas Dalma e Giannina, chegou ao local onde também estão enterrados os pais de 'El Pibe de Ouro', Doña Tota e Don Diego.
As portas do cemitério foram fechadas imediatamente após a entrada do cortejo.
"Estou muito emocionado. Não posso acreditar que, após conquistar o mundo, Diego escolheu vir descansar aqui no Bellavista", disse em lágrimas Luis Casas, um mecânico de 56 anos.
O velório público terminou uma hora e meia antes do previsto, diante de uma série de incidentes nas ruas e o caos provocado por torcedores que fizeram fila durante mais de oito horas para dar adeus ao ídolo.
Na Casa Rosada, e alheias aos pedidos de prorrogação do velório, a ex-mulher e as filhas de Maradona deram "um último adeus" ao ícone argentino, disse uma fonte do governo à AFP.
Nos arredores da histórica Plaza de Mayo, em Buenos Aires, aglomeraram-se torcedores descontrolados, que se recusaram a deixar o local. A polícia reprimiu com balas de borracha e gás lacrimogêneo grupos de pessoas concentradas nas principais vias do centro da cidade. Alguns revidaram com pedras e garrafas.
Muitos torcedores se recusaram a ficar sem entrar na Casa Rosada para se despedir do ídolo, que tinha o caixão coberto com a bandeira argentina e camisas da Alviceleste e do Boca Juniors com o número '10'.
A decisão de encerrar o velório foi tomada depois que torcedores invadiram os pátios internos da Casa Rosada, o que obrigou a retirada do caixão da capela em um momento de tensão crescente.
A princípio, havia sido agendado um velório de 10 horas a pedido da família e, diante do grande fluxo de pessoas, optou-se por prorrogá-lo, mas os incidentes reverteram a decisão.
As autoridades de San Miguel, município onde fica o cemitério particular onde serão enterrados os restos mortais do maior astro do futebol argentino, alertaram em comunicado que a cerimônia será exclusiva para familiares.
Diego "é povo"
Com as mãos elevadas, ou chorando, os fãs passam diante do caixão do ídolo que morreu na quarta-feira aos 60 anos, vítima de uma parada cardíaca.
"Ele é um gênio, ele é o povo, ele é como nós, a vida, o amor", disse Andrés Quintero, de 42 anos, que viajou duas horas, da cidade de Tigre, para acompanhar o velório.
Uma enorme fita negra atravessa a entrada da Casa Rosada, que tem a bandeira a meio mastro em sinal do luto nacional de três dias.
"Foi o melhor do mundo, vamos sentir falta, e destroçou nossa alma com sua partida", disse à AFP Diego Armando Cabral, um pedreiro de 29 anos que recebeu o nome em homenagem ao jogador.
De acordo com o resultado preliminar da necropsia, Maradona sofreu uma "insuficiência cardíaca aguda, em um paciente com uma miocardiopatia dilatada, e insuficiência cardíaca congestiva crônica que gerou edema agudo de pulmão".
Seu advogado, Matías Morla, classificou de "idiotice criminosa" a demora das ambulâncias para chegar à casa do ídolo do futebol e pediu uma investigação "até as últimas consequências".
"É inexplicável que durante 12 horas meu amigo não tenha recebido atenção nem controle por parte dos funcionários da saúde. A ambulância demorou mais de meia hora para chegar, o que foi uma idiotice criminosa", criticou Morla em comunicado divulgado nas redes sociais nesta quinta-feira.
Explosões de aplausos, cânticos e gritos se sucederam a cada momento. A polícia precisou conter os impacientes, que queriam entrar rapidamente na sede do governo.
Comoção mundial
A morte provocou uma comoção global, com mensagens de pêsames de todas as partes do mundo.
Com uma peregrinagem silenciosa e comovente diante da curva B do estádio San Paolo de Nápoles, centenas de napolitanos despediram-se do ídolo de uma cidade que se identificava com sua extravagante e, às vezes, trágica vida.
"Não esperávamos sua morte. Não escolhemos Maradona, foi ele que escolheu Nápoles", confessou emocionado Gino, um torcedor de 48 anos.
Os maiores clubes do mundo, como Barcelona, Real Madrid, Manchester United ou Liverpool, juntaram-se à despedida.
Decadência física
Maradona se recuperava de uma operação para a retirada de um coágulo da cabeça desde 3 de novembro. Seu estado de saúde era muito delicado, e ele enfrentava uma nova síndrome de abstinência.
Ele estava com problemas de saúde no dia de seu aniversário de 60 anos, em 30 de outubro, quando reapareceu de seu confinamento devido à pandemia no estádio do Gimnasia y Esgrima, equipe que comandava.
Maradona tinha cinco filhos, duas delas, Dalma e Gianinna, com a ex-esposa Claudia Villafañe. Seus outros filhos, que teve com três mulheres, são Jana, Diego Júnior, e Diego Fernando.
Os excessos e os vícios estão na origem dos problemas de saúde, que o deixaram à beira da morte em várias ocasiões.
Maradona havia superado há alguns anos o vício em drogas pesadas. Mas continuava consumindo bebidas alcoólicas e era medicado com tranquilizantes e ansiolíticos.
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As portas do cemitério foram fechadas imediatamente após a entrada do cortejo.
"Estou muito emocionado. Não posso acreditar que, após conquistar o mundo, Diego escolheu vir descansar aqui no Bellavista", disse em lágrimas Luis Casas, um mecânico de 56 anos.
O velório público terminou uma hora e meia antes do previsto, diante de uma série de incidentes nas ruas e o caos provocado por torcedores que fizeram fila durante mais de oito horas para dar adeus ao ídolo.
Na Casa Rosada, e alheias aos pedidos de prorrogação do velório, a ex-mulher e as filhas de Maradona deram "um último adeus" ao ícone argentino, disse uma fonte do governo à AFP.
Nos arredores da histórica Plaza de Mayo, em Buenos Aires, aglomeraram-se torcedores descontrolados, que se recusaram a deixar o local. A polícia reprimiu com balas de borracha e gás lacrimogêneo grupos de pessoas concentradas nas principais vias do centro da cidade. Alguns revidaram com pedras e garrafas.
Muitos torcedores se recusaram a ficar sem entrar na Casa Rosada para se despedir do ídolo, que tinha o caixão coberto com a bandeira argentina e camisas da Alviceleste e do Boca Juniors com o número '10'.
A decisão de encerrar o velório foi tomada depois que torcedores invadiram os pátios internos da Casa Rosada, o que obrigou a retirada do caixão da capela em um momento de tensão crescente.
A princípio, havia sido agendado um velório de 10 horas a pedido da família e, diante do grande fluxo de pessoas, optou-se por prorrogá-lo, mas os incidentes reverteram a decisão.
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Diego "é povo"
Com as mãos elevadas, ou chorando, os fãs passam diante do caixão do ídolo que morreu na quarta-feira aos 60 anos, vítima de uma parada cardíaca.
"Ele é um gênio, ele é o povo, ele é como nós, a vida, o amor", disse Andrés Quintero, de 42 anos, que viajou duas horas, da cidade de Tigre, para acompanhar o velório.
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"Foi o melhor do mundo, vamos sentir falta, e destroçou nossa alma com sua partida", disse à AFP Diego Armando Cabral, um pedreiro de 29 anos que recebeu o nome em homenagem ao jogador.
De acordo com o resultado preliminar da necropsia, Maradona sofreu uma "insuficiência cardíaca aguda, em um paciente com uma miocardiopatia dilatada, e insuficiência cardíaca congestiva crônica que gerou edema agudo de pulmão".
Seu advogado, Matías Morla, classificou de "idiotice criminosa" a demora das ambulâncias para chegar à casa do ídolo do futebol e pediu uma investigação "até as últimas consequências".
"É inexplicável que durante 12 horas meu amigo não tenha recebido atenção nem controle por parte dos funcionários da saúde. A ambulância demorou mais de meia hora para chegar, o que foi uma idiotice criminosa", criticou Morla em comunicado divulgado nas redes sociais nesta quinta-feira.
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Os excessos e os vícios estão na origem dos problemas de saúde, que o deixaram à beira da morte em várias ocasiões.
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