Em jogo travado e sem grandes chances criadas, o Manchester City administrou posse de bola, aproveitou bem oportunidade, venceu a Inter de Milão por 1 a 0 e conquistou pela primeira vez a Champions League, neste sábado, em Istambul, na Turquia. A grande final contou com brilho do volante Rodri, autor do único gol da partida.

A conquista inédita coroa o trabalho do técnico Pep Guardiola, que disputou a finalíssima pela segunda vez na história. O tão sonhado título veio de forma invicta, o que deixa evidente a superioridade do City na competição. Dessa vez, o City superou os ‘fantasmas’ e conseguiu controlar o nervosismo, que pareceu tomar conta durante o primeiro tempo.

Em uma segunda etapa mais leve, o time inglês não deu chance para o azar e foi fatal quando teve oportunidade de abrir o placar. A Inter de Milão, por sua vez, conseguiu frear o City e se comportou bem em campo, mas desperdiçou boas chances e viu o tetracampeonato escapar.

Jogo travado e sem grandes chances

Como o previsto, os dois times vieram com força total. O começo do jogo foi equilibrado. Apesar do City manter maior posse de bola (62% a 38%), a Inter não deixou a equipe inglesa sair com facilidade e impossibilitou a criação de jogadas, assim como a troca de passes para circular a bola. 

Por sua vez, o City marcou bem a saída de bola dos italianos, na intenção de pressionar e roubar a bola o mais rápido possível. Contudo, o time parecia tenso e apresentou dificuldade para avançar com perigo. 

O primeiro chute no gol do City veio apenas aos 28 minutos, e contou com o talento individual de Haaland, que parou no goleiro Onana. A tentativa trouxe confiança, e com isso, os Citizens mudaram o desenho da partida.

A Inter não mais marcava em cima, enquanto o City ganhou espaço para trabalhar a bola e chegou mais vezes ao campo de ataque, mas sem levar perigo. 

Aos 35 minutos, uma nova preocupação para o técnico Pep Guardiola, que guiava a equipe à beira de campo. O meia Kevin De Bruyne sentiu dores musculares na coxa e teve que ser substituído. Phil Foden assumiu a vaga. Com a saída do belga, o City perdeu o poder de criação – que já não era efetivo -, já que ficou sem seu principal homem do meio-campo. 

A partida ficou travada. O time italiano adotou uma postura de segurar os ingleses, que se mostraram incomodados com a marcação, e mesmo com boa troca de passes, não conseguiram vazar a defesa adversária. 

City é fatal

Os times voltaram do intervalo sem alterações e a postura em campo era a mesma. Nenhum dos times demonstrava superioridade e ainda encontravam problemas para furar as respectivas defesas. 

Com o jogo sem grandes espaços, era preciso contar com erros do adversário para evoluir. A Inter teve boa oportunidade após erro na saída de bola do City e Lautaro ficou cara a cara com Ederson, que conseguiu salvar o chute cruzado. 

Se os italianos não aproveitaram, os ingleses foram fatais. Akanji conduziu até a entrada da área para Bernardo Silva, que foi até a linha de fundo e cruzou para trás. O volante Rodri chegou livre, que bateu de chapa, no canto direito, para estufar as redes: 1 a 0.  

Em seguida, a Inter respondeu. Dimarco desperdiçou chance incrível, ao bater de cabeça e ver a bola acertar o travessão. Ainda na sobra, ele tentou novamente e faltou sorte. O chute parou no companheiro Lukaku. 

Com o placar favorável, o City se soltou e ficou mais confortável na partida. Sem grande peso nas costas, a equipe cedeu posse de bola a Inter, mas conseguiu controlar a troca de passes e foi bem na marcação. Além disso, contou com grande defesa do goleiro Ederson, que salvou chute de Lukaku com o joelho.

Os últimos minutos foram emocionantes. A Inter de Milão não desistiu e tentou até o fim empatar a partida. O City, por sua vez, teve que contar mais uma vez com Ederson, que fechou o gol para finalmente, conquistar o título.

MANCHESTER CITY 1 X 0 INTER DE MILÃO

 

Manchester City 
Ederson; Akanji, Stones (Walker aos 36 do 2T), Rúben Dias e Aké; Rodri, Gundogan e De Bruyne (Phil Foden aos 35 do 1T); Bernardo Silva, Grealish e Haaland.

Técnico: Pep Guardiola


Inter de Milão
Onana; Darmian (D’Ambrosio aos 38 do 2T), Acerbi, Bastoni (Gosens aos 30 do 2T) e Dumfries (Bellanova aos 30 do 2T); Barella, Brozovic e Çalhanoglu (Mkhitaryan aos 38 do 2T); Dimarco, Dzeko (Lukaku aos 11 do 1T) e Lautaro Martínez.

Técnico: Simone Inzaghi

Motivo: final da Champions League

Estádio: Olímpico Atatürk, em Istambul, na Turquia

Gols: Rodri aos 22 do 2T

Árbitro: Szymon Marciniak (POL)

Assistentes: Pawel Sokolnicki e Tomasz Listkiewicz (POL)

VAR: Tomasz Kwiatkowski (POL)

Cartões amarelos: Barella, Brozovic, Lukaku, Haaland, Onana, Ederson