Foto: Reprodução/Cruzeiro
Da Redação
Lucas Leite
Ele foi o autor do épico gol que deu o título da Copa Libertadores de 1976 ao Cruzeiro. Aos 46 do segundo tempo, no apagar das luzes de um clássico contra o River Plate, o gênio Joãozinho não esperou o apito do árbitro e a cobrança de Nelinho e resolveu chutar em direção à rede adversária. Assim era sacramentado o primeiro título da Raposa no torneio continental.
A poucos dias da estreia do time comandado por Mano Menezes na Libertadores, um dos maiores ídolos eternos do clube celeste, com 119 gols marcados em 485 jogos pelo Cruzeiro, esteve na Sede Administrativa e com emoção, relembrou os passos dados até o triunfo histórico em 1976.
Cruzeirense apaixonado, Joãozinho iniciou sua trajetória no esquadrão azul ainda no juvenil, em 1970. Um dos gols mais importantes de sua trajetória no futebol foi justamente o da primeira Libertadores estrelada. Confira abaixo alguns trechos da entrevista do craque.
A magia da Libertadores
"A Libertadores é um torneio mágico pois é muito difícil conquistar uma competição dessa. Naquela época em que joguei no Cruzeiro, poucos times tinham a chance de ganhar a Libertadores e tivemos esse privilégio."
A grande decisão contra o River Plate e o gol histórico
"Sabíamos que estávamos jogando contra um time forte, praticamente uma seleção argentina recheada de jogadores de nome. Mas o Cruzeiro também possuía um elenco fantástico. Foi um jogo muito difícil, em que o jogo ficou em 2 a 2 e iríamos disputar na prorrogação. Felizmente me deu algo na cabeça que só Deus sabe o que aconteceu (risos). Quando eu estava ali perto da bola me deu um estalo, fui e bati e graças a Deus deu tudo certo."
Foto: Reprodução/Cruzeiro
O jogo final no sacrifício
"Meu joelho naquela época estava com problema. Como disputei toda a Libertadores daquele ano, se eu chego e falo para o seu Zezé (Zezé Moreira, treinador do Cruzeiro) que eu estava com dores, ele não ia me deixar jogar. Disputar a Libertadores inteira para chegar no último jogo eu não entrar nem para sair na foto não dava (risos)."
O pós-jogo
"A festa não foi muito legal para mim (risos). Seu Zezé Moreira era como um coronel, muito certo com as coisas. Tentei negociar, mas ele me xingou e disse que eu era um irresponsável, um moleque. Hoje, quando revejo aquele lance, admito que fui um pouco estúpido por ter feito aquilo. Ainda bem que saiu o gol, mas imagina se não saísse (risos).
Confira a entrevista completa de Joãozinho no canal oficial do Cruzeiro no YouTube:
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