Novo lateral-esquerdo do Cruzeiro, Jean Victor revelou, nesta terça-feira, que já foi dispensado pelo clube em 2008, quando tinha 14 anos. Naquela oportunidade, o jogador atuava em uma escolinha da Raposa e passou duas semanas sendo observado na Toca I. Contudo, ele acabou não sendo aproveitado. 
 
Em entrevista coletiva que marcou sua apresentação ao Cruzeiro, Jean, que disputou o Campeonato Carioca deste ano pelo Boavista, afirmou que o retorno a Belo Horizonte aos 26 anos é a realização de um 'sonho de criança'. 
 
"Comecei nas escolinhas da minha cidade e, em duas oportunidades, eu joguei na escolinha do Cruzeiro. Com sete e com 14 anos. Uma em Conselheiro Lafaiete, cidade em que minha família mora, e a outra foi aqui em Belo Horizonte. Também tive uma grande oportunidade, em 2008, de ficar duas semanas aqui na Toca I, mas acabei não sendo aprovado nos testes. Futebol proporciona isso. Graças a Deus, hoje estou realizando um sonho de criança. Muito feliz com a oportunidade", destacou.
 
Mineiro de Ouro Branco, Jean Victor começou nas categorias de base de clubes do estado. Primeiro, passou pelo Guarany, de Pará de Minas, depois vestiu a camisa do Progresso, de Ouro Preto.
 
O lateral ainda atuou por Botafogo, Botafogo-PB, Oeste-SP, Audax Rio e Paraná. Com a camisa do Tricolor, na temporada passada, Jean Victor se destacou durante a Série B do Campeonato Brasileiro. Ao todo, foram 34 jogos e dois gols entre agosto de 2020 e janeiro de 2021.

Veja outros momentos da entrevista de Jean Lucas:

 
Pronto para jogar?
 
Eu vinha atuando. Meu último jogo foi contra o Vasco, pela Copa do Brasil, no dia 9 (de junho). Fiquei 15 dias sem ter contato com bola, sem treinar em campo, mas já cheguei e estou realizando trabalhos físicos. Creio que o treinamento de hoje (terça-feira) eu estarei mais solto, possa treinar mais com o grupo e depois vamos resolver. Mas se o professor (Mozart) precisar, estou à disposição e estou aí para ajudar o clube. 
 
"Oportunidade da minha vida"
 
Eu fiquei muito feliz de ter sido eleito o melhor lateral-esquerdo do Campeonato Carioca do ano passado, então eu já vinha neste crescimento. Já tive oportunidade no Paraná também, uma regularidade boa que tive lá, com boas atuações, mas infelizmente fomos rebaixados. Voltei para o Boavista, fiz mais um bom Carioca e pude ser contratado pelo Cruzeiro. É a oportunidade da minha vida, é a realização de um sonho de criança. Estou aí e chego para ajudar o clube a conquistar os objetivos da temporada.
Por que aceitou o desafio no Cruzeiro?
 
Aceitei esse desafio simplesmente porque é o Cruzeiro. Um clube gigante, de tantas glórias, estou muito feliz com essa oportunidade. A negociação foi muito rápida. No domingo (20) ou na segunda-feira (21) o Cruzeiro entrou em contato e na quinta-feira (24) eu já estava aqui. Também teve a boa relação entre os presidentes, que facilitou essa negociação.
 
 
Características em campo
 
Eu procuro sempre fechar a linha defensiva, independentemente se com dois ou três zagueiros. Na linha de quatro ou na de cinco (defensores). Quando chego ao ataque, procuro dar bastante profundidade, dar bastante opção. E realizar o melhor cruzamento, o melhor passe para deixar meus companheiros prontos para fazer o gol. 
 
Início no futebol
 
Comecei na minha cidade, jogando em escolinhas. Em 2012 tive a oportunidade de ser visto pelo Botafogo na Taça BH. Fui contratado. Lá eu subi para o profissional, fui campeão da Série B do Brasileiro (2015), depois tive oportunidade no Oeste-SP, cheguei ao Boavista, fui emprestado para o Audax, para o Paraná e neste ano disputei o Carioca pelo Boavista.
 
Problemas do Cruzeiro fora de campo
 
Eu acho que, diante de tudo que está se passando, todos os problemas a gente pode resolver dentro de campo, com muito trabalho no dia a dia. Essa é a forma do sucesso e é o que precisamos seguir. Focados no trabalho e, se Deus quiser, vamos comemorar o acesso.
 
Atual esquema do Cruzeiro te beneficia?
 
Eu acredito que pode me ajudar bastante (o esquema 3-5-2 utilizado por Mozart). Como eu disse, eu gosto de dar profundidade, gosto de atacar o espaço da última linha defensiva do adversário. Essa formação ajuda bem quem atua pelos lados. Estou pronto para o que o professor precisar, independentemente da formação, estou pronto para ajudar.