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Itair Machado fala de 'dívida monstruosa' e cita situação de Latorre no Cruzeiro: 'vamos resolver'

29/11/2018 00h00 - Atualizado em 21/03/2019 12h40 por Admin


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Da Redação
Hoje em Dia - Belo Horizonte

Um rombo milionário que o vice-presidente de futebol do Cruzeiro aponta como “monstruoso”. É assim que Itair Machado chama a dívida de quase meio bilhão que o clube celeste tem, a maior parte com credores e outra parte incluída na Lei do Profut.

Em entrevista à Rádio Super Notícia FM na tarde desta quinta-feira (29), o VP de futebol da Raposa comentou sobre o tamanho desse rombo nos caixas do Cruzeiro.

“O Cruzeiro reuniu o seu Conselho e apresentou a dívida de R$ 268 milhões, em dinheiro. E tem mais os R$ 170 milhões que estão no Profut. É quase meio bilhão de Reais, mas pelo tamanho do Cruzeiro, nós vamos resolver”, disse.

Somando as duas “cotas” de dívidas citadas por Itair, o valor dessa dívida “monstruosa” chega a R$ 478 milhões.

“Quando assumimos o Cruzeiro, não sabíamos a verdade da dívida. Até dez dias antes da eleição, o grupo do ex-presidente (Gilvan de Pinho Tavares) e o nosso estavam juntos. O que passavam é que estava tudo em dia, que não tinha essa dívida monstruosa. Depois que fomos ver que a situação é muito grave”, disse à Super FM.

Itair sabe que não adianta imputar “culpa” a outras gestões pela dívida atual do Cruzeiro. Principalmente ao que diz respeito à contratação do meia-atacante uruguaio Arrascaeta, grande destaque do time atual, mas que para vir trouxe consigo um contrapeso que saiu muito mais caro do que se imaginava: Gonzalo Latorre.

“A dívida tem que ser paga até fevereiro, que é a do Latorre. Todo mundo fala que contratou esse jogador porque tinha que vir o Arrascaeta, então a contratação do Arrascaeta custou 8 milhões de euros para o Cruzeiro. Se é isso que a diretoria anterior nos bastidores e até em um site de fofoca, que tem aí, um conselheiro ligado à oposição, falou isso aí, que tinha que vir o Latorre para vir o Arrascaeta. Com todo respeito ao Latorre, tinha que ter contratado um jogador que serviria para ficar no banco por 4 milhões de Euros. Esse problema não é da diretoria anterior, é do Cruzeiro. E o Cruzeiro tem que assumir, como assumiu, e vamos resolver com muitas dificuldades, mas temos que seguir firme para ganhar títulos e resolver os problemas”, explica.

Latorre chegou ao Cruzeiro em 2015, nunca fez uma partida sequer pelo time principal e na base recebia cerca de R$ 23 mil. O jogador custou aproximadamente R$ 12 milhões aos cofres do Cruzeiro, que, inclusive, responde a uma ação judicial na Fifa, já que o Club Atenas-URU cobra US$ 3,7 milhões da equipe estrelada.

Apesar de toda dívida, Itair Machado garante que o Cruzeiro precisa trabalhar para conquistar títulos. “Eu comungo da ideia que o Cruzeiro é um time de futebol, não é banco, não vai disputar natação. O Cruzeiro é para ganhar títulos, como ganhamos esse ano. O que a gente fez foi seguir as gestões anteriores, inclusive a do próprio Gilvan. Se olhar é uma gestão grande. Você voltaria a dever 262 milhões para ganhar dois Brasileiros e uma Copa do Brasil, eu não minto, escolheria dever e ganhar. Mas acho que dá para fazer os dois, fazer do clube uma grande potência e ganhar títulos. Dá para fazer os dois”, disse.