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O piloto inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, venceu neste domingo o Grande Prêmio da Turquia e conquistou seu sétimo título na Fórmula 1, igualando o recorde do alemão Michael Schumacher.
Depois de iniciar a prova na sexta posição do grid de largada, em um circuito que apresentou dificuldades para sua equipe ao longo do fim de semana, Hamilton fez uma corrida de recuperação e cruzou a linha de chegada na frente do mexicano Sergio Pérez, da Racing Point, e do alemão Sebastian Vettel, da Ferrari.
No ano do hepta, ativismo de Hamilton provocou mudanças na F-1
No ano em que atraiu todos os holofotes da F-1 enquanto superava as marcas de Michael Schumacher, até igualar o recorde de sete títulos do alemão, neste domingo (15), o piloto da Mercedes aproveitou para chamar a atenção para a luta contra o racismo
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Não vou parar, não vou desistir". Esse foi o recado de Lewis Hamilton à FIA (Federação Internacional de Automobilismo) quando a entidade desistiu de abrir um processo investigativo sobre a postura do piloto durante o GP da Toscana, a nona etapa da temporada 2020 da F-1.
Antes e depois da prova, inclusive no pódio, o inglês de 35 anos usou uma camiseta com a inscrição "Prendam os policiais que mataram Breonna Taylor", mulher negra assassinada a tiros em março nos EUA. Foi mais um de uma série de protestos de Hamilton ao longo desta temporada.
No ano em que atraiu todos os holofotes da F-1 enquanto superava as marcas de Michael Schumacher, até igualar o recorde de sete títulos do alemão, neste domingo (15), o piloto da Mercedes aproveitou para chamar a atenção para a luta contra o racismo.
"Ganhar um campeonato mundial é uma coisa muito pessoal, e isso não afeta necessariamente a vida das pessoas", ele afirmou antes do GP da Turquia, onde conquistou o hepta. "Algo de que tenho muito mais orgulho é tentar melhorar as condições para as pessoas em todo o mundo. Isso é o mais importante para mim."
O ano de 2020 não foi o primeiro em que Hamilton levantou bandeiras, mas sem dúvidas tornou o seu ativismo mais evidente do que nunca. Tanto que a organização da F-1 se viu convocada por ele a adotar medidas que pudessem combater discriminação racial na categoria.
A criação da campanha "We Race as One" ("Nós Corremos como Um"), com ações voltadas para a inclusão de pessoas de diferentes etnias, gênero e orientação sexual nas pistas, foi resultado da pressão do inglês.
A Mercedes, equipe heptacampeã de construtores, mudou a pintura do carro de prata para preto, também em campanha contra o racismo.
Os demais pilotos do grid foram chamados a aderir aos protestos liderados por Hamilton, como se ajoelhar durante a execução do hino de cada país-sede antes dos GPs. Mas houve resistências.
No GP da Áustria, o primeiro da temporada, 6 dos 20 pilotos não fizeram o gesto quando ele queria chamar a atenção para a morte do americano George Floyd, homem negro que morreu após um policial branco se ajoelhar sobre o seu pescoço, nos EUA. A adesão a esse tipo de protesto nunca foi total no grid.
Ex-pilotos também divergem sobre o ativismo do heptacampeão na categoria. O alemão Ralf Schumacher, irmão de Michael, é um deles. "Isso [ativismo] pode ter efeito polarizador. Se os pilotos falam demais sobre coisas assim, torna-se perigoso, e o esporte não merece isso", disse a uma emissora de TV alemã.
O ex-piloto Mario Andretti, italiano naturalizado americano, chamou o inglês de "militante" em tom jocoso e disse que as ações dele eram "pretensiosas."
Hamilton rebateu e declarou que críticas como essas são "desapontadoras", mas que não vão fazê-lo parar.
Ao repudiar a fala do ex-chefe da F-1 e seu compatriota Bernie Ecclestone, que disse que muitas vezes "os negros são mais racistas do que os brancos", o piloto foi ainda mais enfático: "Que m... é essa?", escreveu em seu Instagram.
Ao longo de suas sete décadas, a F-1 pouco tratou sobre o racismo estrutural na categoria. Ao se referir a Ecclestone, Hamilton afirmou que ele é de outra geração e seus comentários são "ignorantes e sem educação".
É contra isso que ele mais tem lutado desde que ganhou confiança para brigar pelas causas em que acredita. Nos seus quase 14 anos na categoria, o piloto levou a metade desse tempo até começar a falar abertamente não só sobre racismo, mas também de outras questões que o preocupam, como as ambientais.
A mudança de postura começou a ocorrer em 2013, quando ele trocou a McLaren pela Mercedes. No ambiente do time alemão, ele afirma se sentir apoiado para se expressar.
Além de falar, em junho deste ano Hamilton foi às ruas de Londres para participar de um protesto do movimento "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam).
Os títulos conquistados e o status de lenda do automobilismo lhe deram confiança para bater de frente até mesmo com a FIA.
Apesar de ter desistido de investigar o inglês, a entidade mudou as diretrizes para as cerimônias no pódio, determinando que os pilotos devem usar apenas os macacões fechados até o pescoço durante a entrega dos prêmios. As máscaras de proteção contra a Covid-19 devem ter somente a marca da equipe.
Hamilton não demonstra estar preocupado com possíveis punições. "Quero que saibam que não vou parar, não vou desistir de usar essa plataforma para jogar luz sobre o que acredito ser o correto."
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No ano do hepta, ativismo de Hamilton provocou mudanças na F-1
No ano em que atraiu todos os holofotes da F-1 enquanto superava as marcas de Michael Schumacher, até igualar o recorde de sete títulos do alemão, neste domingo (15), o piloto da Mercedes aproveitou para chamar a atenção para a luta contra o racismo
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Não vou parar, não vou desistir". Esse foi o recado de Lewis Hamilton à FIA (Federação Internacional de Automobilismo) quando a entidade desistiu de abrir um processo investigativo sobre a postura do piloto durante o GP da Toscana, a nona etapa da temporada 2020 da F-1.
Antes e depois da prova, inclusive no pódio, o inglês de 35 anos usou uma camiseta com a inscrição "Prendam os policiais que mataram Breonna Taylor", mulher negra assassinada a tiros em março nos EUA. Foi mais um de uma série de protestos de Hamilton ao longo desta temporada.
No ano em que atraiu todos os holofotes da F-1 enquanto superava as marcas de Michael Schumacher, até igualar o recorde de sete títulos do alemão, neste domingo (15), o piloto da Mercedes aproveitou para chamar a atenção para a luta contra o racismo.
"Ganhar um campeonato mundial é uma coisa muito pessoal, e isso não afeta necessariamente a vida das pessoas", ele afirmou antes do GP da Turquia, onde conquistou o hepta. "Algo de que tenho muito mais orgulho é tentar melhorar as condições para as pessoas em todo o mundo. Isso é o mais importante para mim."
O ano de 2020 não foi o primeiro em que Hamilton levantou bandeiras, mas sem dúvidas tornou o seu ativismo mais evidente do que nunca. Tanto que a organização da F-1 se viu convocada por ele a adotar medidas que pudessem combater discriminação racial na categoria.
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A Mercedes, equipe heptacampeã de construtores, mudou a pintura do carro de prata para preto, também em campanha contra o racismo.
Os demais pilotos do grid foram chamados a aderir aos protestos liderados por Hamilton, como se ajoelhar durante a execução do hino de cada país-sede antes dos GPs. Mas houve resistências.
No GP da Áustria, o primeiro da temporada, 6 dos 20 pilotos não fizeram o gesto quando ele queria chamar a atenção para a morte do americano George Floyd, homem negro que morreu após um policial branco se ajoelhar sobre o seu pescoço, nos EUA. A adesão a esse tipo de protesto nunca foi total no grid.
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O ex-piloto Mario Andretti, italiano naturalizado americano, chamou o inglês de "militante" em tom jocoso e disse que as ações dele eram "pretensiosas."
Hamilton rebateu e declarou que críticas como essas são "desapontadoras", mas que não vão fazê-lo parar.
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