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Quando assumiu a presidência da República, Jair Bolsonaro anunciou o corte do patrocínio da Caixa a 25 times do país, entre eles, os populares Flamengo, Atlético-MG, Santos, Botafogo e Cruzeiro. O ministro da Economia Paulo Guedes entrou solando: “Às vezes, é possível fazer coisas 100 vezes melhores com menos recursos do que gastar com publicidade em times de futebol”, discursou na posse do mandatário do banco estatal, Pedro Guimarães.
Um ano depois, o governo federal ensaiou uma jogada com os ministérios da Saúde e da Economia para que os clubes entrem em campo o mais rapidamente possível. O presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que foi procurado por algumas autoridades de futebol para liberação dos jogos. Em videoconferência realizada ontem com os clubes, o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, negou pressão sobre o governo. O Correio apurou que a movimentação partiu de dirigentes de federações e de clubes que disputam campeonatos estaduais.
O governo federal não acena com apoio financeiro para ajudar a amenizar o impacto da pandemia do novo coronavírus nas contas dos clubes. A reportagem entrou em contato com a Caixa a fim de saber se há algum plano emergencial direcionado aos times. A resposta do banco é não. Em 2018, último ano do apoio, houve aplicação de R$ 192 milhões.
Determinado a ver os times em campo, Bolsonaro comprou briga com a CBF quando a entidade anunciou a paralisação do futebol. Classificou a medida como “histeria”. Ontem, reforçou a opinião. “Flamengo e Palmeiras têm folha próxima de R$ 15 milhões, times de segunda divisão, uma parte vai ser extinta, pelo que me consta já estão fazendo acordos para jogador ganhar 60%, 50%, 40% do que recebem, não tem receita, bilheteria, televisão”, disse na saída do Palácio do Planalto.
Mais cedo, o secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, havia prometido o retorno do futebol. “Isso será em breve”, prometeu.
O ministro da Saúde, Nelson Teich, também tocou no assunto. “Há pedidos para a gente avaliar o retorno dos jogos da CBF sem público. É uma coisa que a gente está avaliando”, disse. O secretário especial de Esporte, Marcelo Magalhães, também faz parte da negociação.
Resistência
Bolsonaro citou uma conversa com um técnico de futebol para sustentar o argumento de que a bola precisa voltar a rolar. “Ele foi favorável a não ter (jogos), porque a contaminação acontece no vestiário. Agora, é favorável (ao retorno). É só não deixar tanta gente no vestiário”, disse o presidente.
A tática de Bolsonaro esbarra nos governadores dos principais centros do futebol do país. João Doria (PSDB-SP) e Wilson Witsel (PSC-RJ) são adversários políticos do presidente. Para completar, Bolsonaro desgastou-se com a CBF quando a entidade anunciou a paralisação. “Proibir jogo de futebol é histerismo”. A CBF disse ontem aos clubes que não colocará a economia à frente de questões sanitárias.
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Quando assumiu a presidência da República, Jair Bolsonaro anunciou o corte do patrocínio da Caixa a 25 times do país, entre eles, os populares Flamengo, Atlético-MG, Santos, Botafogo e Cruzeiro. O ministro da Economia Paulo Guedes entrou solando: “Às vezes, é possível fazer coisas 100 vezes melhores com menos recursos do que gastar com publicidade em times de futebol”, discursou na posse do mandatário do banco estatal, Pedro Guimarães.
Um ano depois, o governo federal ensaiou uma jogada com os ministérios da Saúde e da Economia para que os clubes entrem em campo o mais rapidamente possível. O presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que foi procurado por algumas autoridades de futebol para liberação dos jogos. Em videoconferência realizada ontem com os clubes, o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, negou pressão sobre o governo. O Correio apurou que a movimentação partiu de dirigentes de federações e de clubes que disputam campeonatos estaduais.
O governo federal não acena com apoio financeiro para ajudar a amenizar o impacto da pandemia do novo coronavírus nas contas dos clubes. A reportagem entrou em contato com a Caixa a fim de saber se há algum plano emergencial direcionado aos times. A resposta do banco é não. Em 2018, último ano do apoio, houve aplicação de R$ 192 milhões.
Determinado a ver os times em campo, Bolsonaro comprou briga com a CBF quando a entidade anunciou a paralisação do futebol. Classificou a medida como “histeria”. Ontem, reforçou a opinião. “Flamengo e Palmeiras têm folha próxima de R$ 15 milhões, times de segunda divisão, uma parte vai ser extinta, pelo que me consta já estão fazendo acordos para jogador ganhar 60%, 50%, 40% do que recebem, não tem receita, bilheteria, televisão”, disse na saída do Palácio do Planalto.
Mais cedo, o secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, havia prometido o retorno do futebol. “Isso será em breve”, prometeu.
O ministro da Saúde, Nelson Teich, também tocou no assunto. “Há pedidos para a gente avaliar o retorno dos jogos da CBF sem público. É uma coisa que a gente está avaliando”, disse. O secretário especial de Esporte, Marcelo Magalhães, também faz parte da negociação.
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Bolsonaro citou uma conversa com um técnico de futebol para sustentar o argumento de que a bola precisa voltar a rolar. “Ele foi favorável a não ter (jogos), porque a contaminação acontece no vestiário. Agora, é favorável (ao retorno). É só não deixar tanta gente no vestiário”, disse o presidente.
A tática de Bolsonaro esbarra nos governadores dos principais centros do futebol do país. João Doria (PSDB-SP) e Wilson Witsel (PSC-RJ) são adversários políticos do presidente. Para completar, Bolsonaro desgastou-se com a CBF quando a entidade anunciou a paralisação. “Proibir jogo de futebol é histerismo”. A CBF disse ontem aos clubes que não colocará a economia à frente de questões sanitárias.