A torcida do Atlético não se intimidou com a chuva que atingiu a capital mineira no início da tarde deste domingo. Fez sua parte, compareceu em bom número ao Mineirão e empurrou o Galo no confronto diante do Athletico-PR. Em casa, coube ao alvinegro tomar a iniciativa da partida e pressionar. Chegou em várias oportunidades com perigo à defesa rubro-negra, contudo, sem qualidade para executar o último passe e balançar a rede.
A incompetência para definir as jogadas foi punida aos 43 minutos do segundo tempo, quando Vitinho mandou no ângulo esquerdo de Cleiton e garantiu a vitória do Furacão por 1 a 0, em duelo pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro.
As falhas em campo, no momento de dar o último passe, foram potencializadas pelas alterações realizadas por Vagner Mancini, sobretudo, quando tirou Cazares, que vinha atuando bem. Com a derrota confirmada, a torcida que apoiou durante todo o jogo perdeu a paciência e chamou o time de “sem vergonha”.
Com o resultado, o Galo segue com 41 pontos, na 13ª colocação. Há três jogos sem vencer no Brasileiro, o alvinegro volta a campo na quarta-feira, quando encara o Bahia, às 21h, na Arena Fonte Nova. O Furacão chegou aos 56 e, na próxima rodada, recebe o Grêmio, às 21h30, na Arena da Baixada.
O jogo
A primeira etapa foi de predomínio do Atlético, que chegava com certa facilidade ao ataque, principalmente com Marquinhos e Patric, pela direita, e Otero e Fábio Santos, na esquerda. No entanto, no momento de dar o passe final e colocar um companheiro em condição de marcar, os jogadores atleticanos erravam. Cazares, ligado na partida, fez o que se espera dele: qualidade na armação das jogadas.
O lance de maior perigo ocorreu logo aos 7 minutos, quando Otero cruzou para a área e encontrou Fábio Santos livre. O lateral-esquerdo desviou de cabeça para grande defesa de Santos. Em outra oportunidade, Di Santo recebeu livre, avançou pela direita e tocou na saída do goleiro do Furacão. A bola chegou a ultrapassar a linha do gol, mas o assistente assinalou impedimento. O lance foi revisado pelo VAR, que manteve a marcação.
Se o Galo atacava pelas pontas, o Athletico optava por chegar à frente tocando a bola pelo meio, mas sem conseguir furar o bloqueio alvinegro. A qualidade dos paraenses na armação das jogadas ficou comprometida com a saída de Bruno Guimarães, que deixou o campo aos 27 minutos, queixando-se de lesão muscular.
Apesar do maior domínio alvinegro, o Furacão também teve a chance de marcar na primeira etapa. Após cruzamento de Nikão, pela direita, Cleiton saiu mal do gol e Vitinho, livre, cabeceou para fora.
O confronto na segunda etapa seguiu o ritmo da primeira, com o Atlético buscando o gol com intensidade. Patric chegou a marcar, aos 11, mas estava em condição irregular. O lance foi analisado pelo árbitro de vídeo e o gol anulado.
Marquinhos, que fez boa partida, seguiu criando boas situações de ataque, com técnica e velocidade. Aos 19, ele arrancou forte pela esquerda, deixou o marcador para trás e acionou Cazares. O camisa 10 passou pelo goleiro, perdeu o ângulo e cruzou para o meio da área. O baixinho Otero subiu mais do que o marcador, mas cabeceou na trave.
Aos 22 minutos, o apoio da arquibancada se transformou em vaia quando Vagner Mancini colocou Bruninho na vaga de Cazares. O time caiu de produção e foi punido com o belíssimo gol de Vitinho, que mandou no ângulo esquerdo de Cleiton, aos 43 do segundo tempo.