Ex-atacante, técnico e dirigente do Cruzeiro, Deivid fez uma avaliação sobre a história recente do clube, destacando as mudanças que ocorreram nos últimos anos. Ele relembrou a época em que o clube era uma referência por pagar em dia, mas disse que essa imagem se perdeu após os títulos nacionais de 2013 e 2014. Depois da queda para a Série B, em 2019, a Raposa viveu a maior crise da sua história.

“Da década de 1990 até 2011 e 2012, todo mundo queria ir para o Cruzeiro, porque o mês tinha 30 dias. Antigamente, Rio e São Paulo tinham dificuldade de pagar em dia. Então, você ia para o Cruzeiro ganhando menos que em outros clubes, chegava lá, você recebia. Virou uma referência”, disse Deivid, ao SporTV.

Ele explicou como as conquistas nas gestões dos ex-presidentes Gilvan de Pinho Tavares e Wagner Pires de Sá vieram acompanhadas de um endividamento crescente.

 “Para você ganhar dois brasileiros em 2013 e 2014, o time fez uma dívida de R$ 500 milhões. Aí para ganhar duas Copas do Brasil, fez uma dívida de R$ 1 bilhão. Só que quando está ganhando, ninguém vê nada, o torcedor paga ingresso e quer o time ganhando, só que a conta chega. Era uma folha absurda de R$ 22 milhões, e o clube chegou ao fundo do poço devendo R$ 1 bi”, afirmou.

Falta de comida no Cruzeiro

Em 2021, Deivid vivenciou de perto a situação dramática como dirigente, incluindo a escassez de alimentação e as cobranças da FIFA. “A gente ia concentrar e não sabia o que ia comer, entendeu? E aí, graças a Deus, o Pedrinho [Pedro Lourenço] sempre foi um cara que sempre esteve por trás, ajudando o Cruzeiro a não cair para a Série C, porque chegava ação da FIFA toda hora, e o Pedrinho ali ajudando”, revelou.

 Para Deivid, o Cruzeiro tem a melhor SAF do Brasil. Ele ainda exaltou o empresário Pedro Lourenço. “O Cruzeiro hoje está na mão do melhor cara, torcedor doente, fanático. Ele pegou o clube não para fazer negócio, porque ele gosta mesmo, os filhos gostam. Hoje, para mim, o Cruzeiro é a melhor SAF que tem”, concluiu.