Nos últimos dias, o Superesportes promoveu uma enquete entre os torcedores do Atlético para eleger a ‘seleção da década’ do clube. A base da equipe, como não poderia deixar de ser, é o time campeão da Copa Libertadores em 2013. Alguns dos integrantes daquela conquista histórica conversaram com a reportagem para agradecer o reconhecimento do torcedor.


A seleção da década do Atlético, que foi divulgada nesta segunda-feira, teve: Victor (2012); Marcos Rocha (2009), Leonardo Silva (2011), Réver (2010) e Douglas Santos (2014); Pierre (2011) e Leandro Donizete (2012); Ronaldinho Gaúcho (2012), Bernard (2011), Diego Tardelli (2009) e Jô (2012). O técnico mais votado foi Cuca (2011).

Alguns dos mais votados estrearam pelo Atlético na década passada, casos de Marcos Rocha, Réver e Diego Tardelli. No entanto, os três se destacaram nesta década e por isso participaram da eleição. Enquanto o primeiro está no Palmeiras, os dois últimos deixaram o Galo mas retornaram recentemente: o zagueiro no ano passado, e o atacante neste ano.

Veja o que falaram alguns dos eleitos para a seleção da década do Atlético Marcos Rocha

“Minha história começou em 2006, quando cheguei ao Atlético. Fui emprestado no começo para ganhar bagagem e voltei em 2012, quando realmente começou minha história. Ganhei Campeonato Mineiro, Copa do Brasil, Copa Libertadores, que foi o grande marco, Recopa-Sul-Americana. Foram seis anos de muita dedicação, de muito amor, muito carinho pelo clube, pela camisa, pelos funcionários, pela torcida. A gente não consegue agradar 100%, mas tenho certeza que fiquei perto dos 90%. É muito difícil agradar 100% da torcida do Atlético, pela história, pela cobrança que a torcida tem com todos os jogadores. A torcida quer bastante entrega, bastante vontade, e eu tentei fazer isso tudo vestindo essa camisa.


Hoje, posso andar em Minas Gerais e ter o reconhecimento desses torcedores. É muito gratificante ver a torcida do atlético agradecendo por tudo que fiz pelo clube e saber também que o meu nome ficou gravado na história do clube. Fico bastante feliz e honrado de fazer parte dessa história. Sempre que tem eleições com votação da torcida para os melhores da posição, o meu nome é sempre lembrado. Isso vai ficar gravado na minha vida, na vida dos familiares. A gente é grato ao Atlético por ter aberto as portas para que eu mostrasse meu futebol, a minha qualidade. É só agradecer ao Atlético e aos torcedores por esse carinho e por esse reconhecimento em Minas Gerais. Queria mandar um abraço para todos e dizer que estou torcendo sempre pelo clube e desejar toda a felicidade do mundo para os torcedores”. 

Réver

"Fico feliz com esse reconhecimento do torcedor. Sou muito grato ao Atlético, onde tive os melhores momentos da minha carreira profissional. Aqui eu conquistei títulos importantes, com destaque para A Libertadores de 2013 e a Copa do Brasil de 2014. Vestindo essa camisa eu também cheguei a seleção brasileira, onde também conquistei títulos e até marquei gol no Mineirão. Só tenho a agradecer a todos que participaram disso e me sinto lisonjeado em estar nessa seleção. Espero que ainda possa dar mais alegrias ao torcedor, durante o meu período de contrato aqui no Galo".

Cuca

“Fui contratado pelo Atlético em 2011 para tentar fugir do rebaixamento, a gente estava muito próximo. Conseguimos escapar naquele ano, apesar de ter sido goleado pelo Cruzeiro no último jogo. Quando achamos que era o pior de tudo que estava acontecendo, era o começo de tudo. Dali para frente, remontamos o Atlético, trocamos 19 jogadores, mudamos perfil, praticamente tudo no clube e saímos em busca das conquistas. Em 2012, o começo foi difícil, a torcida estava muito brava, com razão. E só depois ela se juntou ao time. Fomos campeões mineiros invictos e vice do Brasileiro.

Nós montamos um grande time para que, no ano seguinte, a gente fizesse o ano do Galo, o dois mil e Galo, já que o Galo é 13 no jogo do bicho. Todo mundo acreditou e a gente fez aquele ano maravilhoso, com a maior conquista que eu já tive, que o Galo já teve, com um dos maiores times que o Galo já teve na história. E esse time, esse trabalho, fica mais saudoso e fortalecido a cada ano. Felizes foram aqueles torcedores que puderam presenciar aquele time jogando, conquistando o que conquistou, todos os títulos que teve, comigo e depois com o Levir.

Me sinto honrado e gratificado por contribuir com isso. Hoje, falar é fácil, mas quando se está dentro do processo de reformulação é muito complicado, é difícil. A pior coisa para um homem é chamar outro homem em sua sala e falar que não vai mais contar com ele. É a pior coisa que tem para um treinador. E eu fiz isso com todos eles, não deixei de falar com nenhum. Não seria justo. Expliquei os motivos, um por um, e seguimos em frente. Minha recordação é muito grande em cima de tudo que passei no Galo. Eu morava no CT, me senti durante todo aquele tempo um atleticano. Se preciso for, faria tudo de bom. Muito obrigado por terem me colocado na seleção. Nem sei se sou merecedor, mas fico profundamente agradecido. É um time de massa. Quando o jogo está ruim, a torcida empurra o time, faz a diferença, cobra na hora certa. Só tenho coisas boas para falar do Atlético e da torcida, que é melhor ainda”.