O desempenho ofensivo ainda está longe daquilo que ambicionava, mas o argentino Di Santo se tornou o dono da posição. Ao balançar as redes no empate em 1 a 1 com o Fluminense, garantindo um ponto ao Atlético – o alvinegro chegou a 41 pontos no Brasileirão –, o Hermano se tornou o centroavante do time com mais gols nesta Série A, deu fim um tabu de um mês sem marcar e segue sem ser “ameaçado” por Ricardo Oliveira e Alerrandro, os outros dois nomes para o setor.
O argentino chegou a três tentos na competição nacional, um a mais que o Pastor e o jovem formado na base do Galo. A média de Di Santo é superior a de Oliveira no campeonato: o primeiro marcou três gols em 16 partidas (0,18 por jogo), enquanto o outro anotou dois em 21 confrontos (0,09 por duelo). O melhor deles neste sentido, no entanto, é Alerrandro, com 0,2 gol por embate, fruto de dois gols em dez jogos no torneio. Os artilheiros atleticanos na Série A são Nathan e Cazares, com quatro gols, cada.
Jejum de gols
Antes desse sábado, o último gol marcado por um centroavante do Atlético havia ocorrido em 14 de outubro, na goleada por 4 a 1 sofrida para o Grêmio. Curiosamente, o autor do tento alvinegro havia sido o argentino.
“Sempre é importante marcar e somar para a equipe, por toda a situação vivida pelo time. Na verdade, é importante que todos corram e façam gols. No primeiro tempo, eles (Fluminense) foram melhores, e no segundo tempo, saíamos mais. O técnico (Mancini) mudou o time para jogarmos ofensivamente, e merecemos o empate”, comentou Di Santo.
Postura
Dentro de campo, Di Santo atuou de duas formas, se movimentando mais no primeiro tempo, até pela necessidade, pois a bola não chegava à área adversária, e jogando mais fixo na área na segunda etapa. “São variações de jogo, e o atleta vai entendendo também a forma de jogar dos companheiros”, ressaltou Vagner Mancini, ciente de que os demais atletas do setor ofensivo precisam colaborar mais com o centroavante.
“O Atlético deveria chegar com mais gente (à área adversária). Estamos incentivando, com os treinamentos e por meio de vídeos, para que cheguem mais ao ataque. Em alguns lances, vi a área (do Fluminense) mais povoada. Mas é importante ajudar mais os centroavantes, o Di Santo, o Ricardo (Oliveira) e o Alerrandro)”, destacou.