Em 8 de agosto de 2024, Maria Clara Pacheco caiu nas quartas de final de Paris diante da chinesa Luo Zongshi e deixou a estreia em Jogos Olímpicos sem medalha. Exatamente 442 dias depois, em 24 de outubro de 2025, ela coroou o ano perfeito com o título do Mundial de Taekwondo. No Olimpicast, videocast do No Ataque, a atleta contou o que mudou desde a frustração até a temporada espetacular nesse ano. 

Maria Clara Pacheco em Paris 2024

A promissora taekwondista estreou em Mundiais em 2023 com uma medalha de bronze na categoria até 57kg. Já no Pan-Americano daquele ano, ela saiu com a prata no individual e bronze por equipes. Até por isso, Clara, como prefere ser chamada, entrou em 2024 como uma das candidatas à medalha olímpica. Porém, se frustrou. 

VEJA: Maria Clara Pacheco entrou no taekwondo por influência de série: ‘Queria bater em alguém’
Em uma competição realizada toda no mesmo dia, Maria Clara Pacheco até venceu o primeiro confronto: bateu a australiana Stacey Hymer nas oitavas de final. Só que a fase seguinte ficou marcada pela eliminação da brasileira. 

 Nas quartas de final, Clara enfrentou Luo Zongshi e até abriu vantagem, mas sofreu a virada da chinesa e nem sequer disputou medalha na estreia olímpica. Esse resultado frustrante levou Clara a promover uma mudança bem significativa. 

A transformação após Paris 2024

Com a frustração olímpica, Maria Clara Pacheco rompeu com a comissão técnica e iniciou uma parceria importante com o namorado José Carlos Figueiredo Coelho Júnior, taekwondista que se aposentou no ano passado justamente para mudar de cargo.

 A pedido de Maria Clara Pacheco, ele deixou a carreira de atleta, tornou-se técnico e fundou a Team One, que também é a equipe de outros atletas da Seleção Brasileira de Taekwondo. E o impacto dessa mudança foi imediato. 

 Nos meses seguintes à Olimpíada de Paris, ainda em 2024, Maria Clara Pacheco venceu o Aberto da Holanda e ficou com o bronze no Grand Slam de Wuxi, na China.

 E o melhor estava reservado para 2025, que tem sido um ano absolutamente perfeito para ela: venceu todas as lutas, colocou a medalha de ouro no peito nas nove competições disputadas e atingiu o ápice da carreira. Ao menos, até esse momento. 

Clara foi campeã de torneios desde o início do ano, passando por níveis universitários, como a Universíade, e pelas disputas mais importantes do profissional, como duas edições de Grand Prix e o Mundial. Uma mudança que definitivamente surtiu efeito.